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Estado de Minas

Glaucoma: uma doença silenciosa

Enfermidade é incurável, porém passível de controle


Biocor
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postado em 01/11/2018 11:04

Ana Catarina Melo, oftalmologista especialista em glaucoma do corpo clínico do Biocor Instituto. (foto: Biocor/Divulgação)
Ana Catarina Melo, oftalmologista especialista em glaucoma do corpo clínico do Biocor Instituto. (foto: Biocor/Divulgação)

 

O glaucoma é umgrupo de doenças oculares de etiologia multifatorial que causam dano progressivo ao nervo óptico com perda de campo visual correspondente. Se não for tratada, a maioria dos tipos de glaucoma progride em direção a um dano visual permanente e pode levar à cegueira completa. 

Segundo dados da OMS, o glaucoma é a segunda causa mais comum de cegueira em todo o mundo (12,3%) superado apenas pela catarata (47,8%). Estima-se que 4,5 milhões de pessoas em todo o mundo sejam cegas devido ao glaucoma e que este número chegará a 11,2 milhões até 2020.

Segundo os médicos Ana Catarina e Renato Fernandes, oftalmologistas especialistas em glaucoma do corpo clínico do Biocor Instituto, devido à progressão silenciosa da doença - pelo menos nas suas fases iniciais – até 50% as pessoas afetadas nos países desenvolvidos não estão sequer conscientes de tê-la. Esse número pode subir para 90% em regiões subdesenvolvidas do mundo. 

Os especialistas explicam que há vários tipos de glaucoma. Algumas formas podem ocorrer ao nascimento (“congênitas”) ou durante a infância (“juvenil”). Outras podem ocorrer como uma complicação de outros distúrbios visuais, os chamados glaucomas “secundários”.


A grande maioria, no entanto, é “primária”, ou seja, ocorre sem uma causa conhecida, e pode ser dividida em glaucoma de ângulo aberto (o tipo mais comum, assintomático) e de ângulo fechado (mais raro, em sua forma aguda, apresenta dor intensa, baixa visual, e inflamação ocular severa, merecendo tratamento imediato). Na maioria dos casos o glaucoma surge após a 4ª década de vida e sua frequência aumenta com a idade. Sua distribuição é igual entre homens e mulheres. 

“A elevação da pressão intraocular (PIO) é considerada o principal fator de risco para o glaucoma (e o único suscetível a modificação). No entanto, está estabelecido que mesmo pessoas sem uma PIO anormalmente alta podem sofrer da doença. Outros fatores de risco incluem raça negra, história familiar, alta miopia, e idade avançada”, destacam Ana Catarina e Renato Fernandes. 

O glaucoma é uma doença incurável, porém é passível de controle, o que é realizado por meio do tratamento com colírios, procedimentos a laser ou atémesmo cirurgia. “Dessa forma, faz-se necessário a detecção precoce da patologia por meio de avaliação oftalmológica periódica e exames complementares, que incluem a curva diária de pressão ocular, campo visual computadorizado, paquimetria (avaliação da espessura da córnea), gonioscopia (avaliação do aspecto anatômico do seio camerular, para classificação do tipo de glaucoma), retinografia (fotografia da retina e nervo óptico) e, mais recentemente, o OCT (tomografia de coerência óptica).” 

ALTA RESOLUÇÃO 

Os especialistas em glaucoma explicam que o OCT é uma tecnologia relativamente nova em que se consegue obter imagens em alta resolução de estruturas intraoculares. Essa tecnologia tem evoluído desde o início do seu uso na Oftalmologia no início dos anos 90, é amplamente utilizada na avaliação de afecções da retina e tem, a cada dia, ampliado seu uso na avaliação do glaucoma. 

“Com o tomógrafo de domínio espectral disponível no Centro de Oftalmologia do Biocor Instituto - CIRRUS 5000/ Carl Zeiss – e seu sistema de módulos de visualização avançada, é possível realizar a análise da cabeça do nervo óptico, da espessura da camada de fibras nervosas da retina (CFNR), da camada de células ganglionares (CCG), segmento posterior e do segmento anterior (este último por meio da avaliação da câmara anterior, goniometria e avaliação da córnea)”, ressaltam os oftalmologistas, acrescentando que a partir dos dados obtidos pode-se detectar alterações estruturais antes do aparecimento de defeitos funcionais e, assim, juntamente a outros exames que compõem a avaliação do glaucoma, definir a melhor conduta. 

Responsável técnica: Dra. Erika Corrêa Vrandecic, CRM/MG 28.946 

 

 

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