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Estado de Minas

Ritmos cardíacos irregulares


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postado em 30/10/2015 15:19 / atualizado em 30/10/2015 16:39

Frederico Soares, especialista em cardiologia do Biocor Instituto, chama a atenção para a fibrilação atrial, em razão de sua elevada prevalência na população geral(foto: Carol Park/Divulgação)
Frederico Soares, especialista em cardiologia do Biocor Instituto, chama a atenção para a fibrilação atrial, em razão de sua elevada prevalência na população geral (foto: Carol Park/Divulgação)
O ritmo de condução elétrica cardíaca se define fisiologicamente por uma harmônica sincronia entre as câmaras superiores – os átrios – e a subsequente contração das câmaras inferiores – os ventrículos. Isso garante um fluxo sanguíneo constante, que supre a demanda de oxigênio de todo o organismo.

O mau funcionamento desse sistema culmina em arritmias cardíacas, que consistem nas patologias que levam a um distúrbio entre a sincronia de contração átrio ventricular, se caracterizando por ritmos cardíacos irregulares e, geralmente, sintomáticos.
Segundo o Dr. Frederico Soares Corrêa de Lima e Silva, especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, as arritmias cardíacas se dividem na abordagem das bradiarritmias e das taquiarritmias.

Conceitualmente, as taquiarritmias ocorrem quando a frequência cardíaca basal é superior a 100 batimentos por minuto, causando palpitações, incômodo torácico e cansaço. Já as bradiarritmias se correlacionam à sensação de vertigem, tonteira e até mesmo desmaio, e ocorrem quando a frequência cardíaca é inferior a 60 batimentos por minuto.

Uma importante ferramenta no diagnóstico e tratamento das arritmias cardíacas é o estudo eletrofisiológico. “Trata-se de um método invasivo, em que, por meio da introdução de catéteres nas câmaras cardíacas, torna-se possível a avaliação do sistema de condução elétrica e a correção de arritmias por cauterização dos focos arritmogênicos.”

Nas bradiarritmias, o tratamento, na maioria dos casos, baseia-se no implante de dispositivos eletrônicos. São os marcapassos cardíacos artificiais. “Essa forma de terapia evoluiu significativamente nas últimas décadas e, atualmente, é uma terapia segura, com baixos índices de complicações.”

Já as taquiarritmias podem ocorrer tanto em pacientes cardiopatas quanto naqueles que têm coração estruturalmente normal. Segundo Frederico Soares, entre as taquiarritmias, deve-se chamar a atenção para a ocorrência de uma patologia específica, a fibrilação atrial, em razão de sua elevada prevalência na população geral. “Sabe-se que é uma arritmia que tem íntima relação com o aumento da idade. Estima-se que ocorra com uma incidência de 2,5% da população mundial.”

As taquiarritmias podem ter uma ampla possibilidade de abordagens terapêuticas, dependendo da gravidade clínica, que pode variar desde casos pouco sintomáticos até aqueles clinicamente complexos, nos quais a morte súbita pode ser a apresentação inicial. “Em algumas situações específicas se faz necessário o implante de um tipo especial de marcapasso, que tem a capacidade de identificar arritmias complexas e abortá-las por meio de um choque, atuando na prevenção de morte súbita arritmogênica.” Tais dispositivos são chamados cardiodesfibriladores implantáveis (CDI).

“A avaliação e o acompanhamento das arritmias cardíacas é uma delicada área da cardiologia, tendo em vista a complexidade dos mecanismos envolvidos nessas patologias. Uma vez identificado o distúrbio, torna-se necessário o acompanhamento clínico  com um especialista para adequado controle.”

Responsável Técnica: Dra. Erika Corrêa Vrandecic, CRM/MG 28.946

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