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Estado de Minas Reflexão

Leitura: um convite à imaginação


06/04/2023 04:00


Maíra Lot Micales*
São Paulo 

“Os benefícios da leitura, em qualquer fase da vida, são muitos. Além de uma atividade prazerosa e da importância de se adquirir conhecimento, a leitura estimula nossos processos mentais e é extremamente positiva para uma boa saúde psicológica. Mas hoje gostaria de abordar um bônus essencial para o desenvolvimento na primeira infância: o exercício da criatividade.

Não podemos menosprezar a imaginação, este é um processo a ser estimulado, principalmente em crianças – a quem enxergamos como sonhadoras e inventivas. O fato, porém, é que a criatividade nos torna pessoas mais versáteis, mais preparadas para a solução de problemas e a superação de dificuldades. Ela nos permite vislumbrar situações para além daquelas experimentadas imediatamente por nossos sentidos. Portanto, esta é uma característica mental a ser trabalhada constantemente tanto quanto a memória ou a percepção, por exemplo.

Em todos esses anos como editora de livros, escritora infantil e mãe, passei a enxergar que a literatura pode cumprir um papel fundamental neste desenvolvimento. As obras infantis, aliada ao brincar, ao desenhar e a todo o universo lúdico que envolve o pequenino, é a porta de entrada para o florescimento do pensamento criativo. Ao apresentar às crianças realidades diversas, histórias fantásticas, situações que extrapolam seus contextos habituais, a literatura dá a elas a oportunidade de praticarem a alteridade: colocar-se em novos papéis, imaginar-se em diferentes mundos e aventuras.

Vale deixar claro que não pretendo restringir a literatura infantil a uma visão utilitária, na qual teria apenas uma função moralizante ou serviria somente como instrumento pedagógico. O livro é arte, expressão humana, e nunca deveria ter seu fim reduzido a uma missão prática. Como diria Machado de Assis, ‘das coisas humanas, a única que tem seu fim em si mesma é a arte’. Entretanto, tampouco seria sábio ignorarmos o enorme papel transformador da leitura, em especial para as crianças.

Tenho a plena convicção que a literatura infantil carrega essa potencialidade especial. Mais do que qualquer outra, ao lidar com um leitor desprovido de experiências prévias e preconceitos construídos, tem a capacidade tanto de divertir, quanto de ensinar; de formar e de informar; de absorver o pequeno por alguns instantes, ao mesmo tempo em que o expande para fora de si mesmo.”


*Publisher e autora de “livros-função”

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