Eduardo Martins
Belo Horizonte
"A permanência do isolamento social e o impedimento de que as pessoas possam se encontrar e viver a vida da forma como era antes do vírus tem causado uma sensação de solidão em parte da população. Pesquisas mostram que muitas crianças e adolescentes têm se sentido ansiosos por perderem a rotina de ir a escola e ver os amigos, e essa quebra da trajetória escolar, ainda que permeada por tentativas de se manter o ensino de maneira remota, vai ser algo difícil de suprir, mesmo com o retorno das aulas presenciais. Para além disso, muitas pessoas têm relatado estarem ansiosas e depressivas, uma vez que viver o isolamento e não ter uma perspectiva de melhora, ainda mais no Brasil, com o avanço da pandemia sem controle e sem ações eficazes por parte do governo, é algo que causa dano à saúde mental. É preciso que se pense e se discuta, cada vez mais, formas de manter a saúde mental e diminuir os casos de depressão, ansiedade e outros problemas ocasionados com o avanço da pandemia. Nesse sentido, para além do impacto causado pelo vírus em si, é preciso pensar de que outras maneiras a pandemia vem prejudicando a população e a vida das pessoas."