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Cenário de alta no preço das passagens aéreas: o que fazer?

Os principais impactos causados na aviação em um primeiro momento são tarifas de combustível, câmbio e preço de commodities


18/05/2022 04:00

Leonardo Bastos
CEO da Kennedy Viagens Corporativas

Passada a crise provocada pela pandemia do COVID-19, as companhias aéreas estão sofrendo uma nova dificuldade devido ao preço do querosene de aviação (QAV), na esteira do aumento do petróleo.
 
No ano passado, quando o petróleo subiu 54%, o combustível teve um reajuste de 76,2% no preço. Para níveis de comparação, o diesel teve 56% de aumento; a gasolina, 42%; e o GLP, 36%. Neste momento, com o petróleo registrando uma alta de 45% no acumulado de 2022, existe a tendência de que as empresas elevem os preços das passagens e também tenham de reduzir as operações para conseguir atravessar esse período.
 
O que acontece é que o combustível do avião representa 25% do custo de um voo, ou seja, se esse produto aumenta, gera um impacto diretamente no preço final das passagens aéreas.
 
Essa alta provém muito da guerra entre Rússia e Ucrânia. A Rússia é um país de grande importância geopolítica, grande o suficiente para que os efeitos causem sequelas nos negócios da aviação e demais segmentos.
Os principais impactos causados na aviação em um primeiro momento são tarifas de combustível, câmbio e preço de commodities relevantes para a indústria, como o titânio, que é necessário para a fabricação de aviões.
Diante disso, haverá um aumento das tarifas aéreas. Além de outros reajustes, como já vimos com as bagagens da Latam, que foram reajustadas em 14/3. 
 
Mas sabemos o que as empresas podem fazer visando já a esse horizonte de 2022? 
 
Negociação com os fornecedores aéreos: apesar do aumento de custo, ele ocorrerá em todas as companhias aéreas. As margens das aéreas continuarão “apertadas”. Com o aumento do valor da passagem, cai também a quantidade de pessoas interessadas em utilizar esse serviço, e com isso as companhias tendem a “brigar” cada vez mais por share, em virtude da diminuição da demanda. Graças a isso, as aéreas tendem a incentivar mais ainda as empresas, com o objetivo de aumentar seu market share dentro das empresas que utilizam serviços aéreos. E como eles fazem isso? Concedendo um desconto em troca de participação, ou seja, preferência de compra.
 
Essa é uma prática comum no mercado, e deve ser potencializada neste momento, quando a demanda será menor do que a projetada. Caso tenha algum parceiro comercial, ou seja, uma agência de viagens, esse é o momento de a agência tentar um acordo corporativo para sua empresa. 
Antecedência de compra: sem dúvidas, aqui é onde haverá bastante impacto no custo de uma passagem aérea. O motivo? A precificação da companhia é baseada na antecedência versus porcentagem vendida.
 
Imagine um voo específico que acontecerá daqui a seis meses. O sistema faz a seguinte análise: quantos % deveria ter vendido com seis meses de antecedência?. Vamos imaginar que sejam 10%. Se a companhia aérea vendeu só 8%, ela tende a precificar a passagem mais barata, para que chegue mais rápido ao seu orçamento previsto. 
 
Se seis meses antes do voo a empresa já conseguiu vender 15% dos assentos, o preço da passagem será mais alto. Essa precificação é realizada de forma automática por um algoritmo e para todos os voos disponíveis.


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