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Estado de Minas editorial

Combate à desinformação

O mesmo movimento espontâneo que levou o Twitter a aplicar sanções a perfis apontados como disseminadores de fake news deve cobrar o WhatsApp


18/01/2022 04:00

A sociedade obteve importante vitória ao obrigar o Twitter a criar um mecanismo para denúncias de notícias falsas. Depois de muita pressão, a rede social anunciou que a versão brasileira da plataforma terá um recurso contra a desinformação, sistema que está em fase de testes em outros países desde 2021 e será expandido também para Espanha e Filipinas. “Esperamos que a ferramenta de denúncias ajude nossas equipes a entenderem melhor novas narrativas e tendências em desinformação, em escala, e contribua para que avancemos na capacidade de detectar conteúdo enganoso no Twitter em tempo real”, afirma a empresa, por meio de nota.

Ainda que tardia, a decisão do Twitter é um alento, e ganha maior relevância por ser um reflexo da cobrança de usuários da rede. Nas últimas semanas, foram explícitas as críticas à plataforma por não ter uma política clara para lidar com conteúdos falsos, sobretudo em relação à COVID-19 e à vacinação. Testado nos Estados Unidos, na Austrália e na Coreia do Sul, o recurso já recebeu 3,7 milhões de denúncias referentes a quase 2 milhões de diferentes tuítes publicados por 64 mil contas distintas. A              perspectiva é de que, no Brasil, com as eleições deste ano, a ferramenta se torne importante referência para conter a desinformação .

O mesmo movimento espontâneo que levou o Twitter a aplicar sanções a perfis apontados como disseminadores de fake news deve cobrar o WhatsApp. A rede do Grupo Meta, que inclui o Facebook e o Instagram, estuda flexibilizar o compartilhamento de mensagens. Hoje, os grupos estão limitados a 256 pessoas. Agora, fala-se em criar “grupos dos grupos”, abrindo brechas para ações coordenadas de especialistas em desinformação. Vale lembrar que muitas das regras restritivas adotadas pelo WhatsApp foram implantadas depois que se constatou que os disparos em massa provocaram grande distorção nas eleições de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro. No Brasil, 99% dos smartphones usam a plataforma.

A propagação de notícias falsas deve ser combatida a todo custo, não apenas por destruir biografias, mas por colocar em risco a democracia. Prestes a tomar posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem feito alertas contundentes sobre o perigo das redes de desinformação, não apenas por colocarem em risco o sistema político, mas por incitar a violência. Ele acredita que as plataformas devem ser aliadas no enfrentamento das fake news, não vetores para disseminação de mentiras. Portanto, todos os sinais de alerta devem ficar ligados diante dos riscos de retrocesso nas regras de segurança das redes sociais.

Atual presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso tem a exata noção de como uma campanha de desinformação é nociva à sociedade, sobretudo quando sustentada por uma liderança como o presidente da República, que questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas. Felizmente, a maioria da população compreendeu que o sistema de votação no Brasil é seguro, está protegido de fraudes e seus detratores nada mais fazem do que tentar minar a democracia.

Tanto Barroso quanto Fachin sabem que não será tarefa fácil enfrentar a enxurrada de fake news. Por isso, as redes sociais não podem fraquejar na hora de excluir perfis usados para desinformar. Será a maior contribuição que essas empresas poderão dar para que, sempre, a verdade seja a grande vencedora.


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