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Comunicação e integração


13/01/2022 04:00

Juliana Algodoal
Especialista em comunicação corporativa, professora PhD em análise do discurso em situação de trabalho – linguística aplicada e estudos da linguagem

A integração de gerações tem sido um desafio para o mundo do trabalho. Os impactos dessa convivência, porém, geram impactos positivos não apenas no ambiente corporativo, familiar e social, mas nos resultados das empresas.

 A realidade é que estamos envelhecendo porque estamos vivendo mais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), até o ano de 2050, o número de pessoas acima de 60 anos no mundo chegará a 2 bilhões. O Brasil, em 2030, terá mais pessoas maduras que jovens de até 14 anos.

 Sendo assim, contar com essa força de trabalho será a alternativa estratégica das empresas para suprir a falta de jovens talentos, que surgem em velocidade muito aquém das demandas de mercado.
 
É na comunicação que as empresas encontram o caminho para promover um ambiente corporativo que estimule o trabalho colaborativo, que reúna jovens em início de carreira, profissionais sêniores e os profissionais mais idosos (cada vez mais produtivos).
 
Ao gestor, cabe a tarefa de “mediar” esse diálogo de sinais, expressões, gírias e etiquetas diferentes, quebrando rótulos e preconceitos para que a conexão entre as gerações fortaleça os laços de criatividade, inovação e inclusão que toda empresa busca.
 
Entre a experiência adquirida na jornada sólida desenvolvida pelos profissionais mais velhos e o frescor da juventude, que transpira inovações, as regras básicas para uma convivência devem ser exatamente iguais e valem para os dois lados.

As gerações mais jovens tendem a procurar em seus trabalhos propósitos que nem sempre estão claros, mas que certamente podem ser encontrados com a ajuda dos mais experientes. Daí a importância da comunicação. Ela será o ponto focal para criar essa conexão.
 
São atitudes de comunicação que podem ajudar a equilibrar essa convivência, como, por exemplo, evitar – de ambos os lados – o ‘tom professoral’. O indivíduo apelidado de “palestrinha” (sempre disposto a dar ‘aulas’ sobre tudo e todos em tom de superioridade) quer impor seus conhecimentos ao invés de aceitar formas diferentes de realizar as tarefas. Dessa forma, cria barreiras que impedem esse relacionamento de avançar.

O que de fato cria um elo importante nessa cadeia é a disponibilidade, a paciência e a tolerância. Isso muda o jogo. Faz o melhor movimento para interligar dois pontos que é o de ouvir e mostrar interesse pelas ideias do próximo. Quando isso acontece dos dois lados dessa moeda, as conexões ocorrem muito mais rápidas e naturalmente.
 
É por meio desse valor e importância que se dá ao outro que descobrimos nossas semelhanças, nossos pontos em comum e nossas diferenças. Elas farão muito mais sentido do que simplesmente as diferentes faixas etárias.
 
São esses cruzamentos de valores que diminuem as diferenças de idade e as tornam insignificantes para o desempenho das funções. Ouvir o próximo é ter a chance de encontrar muitos pontos congruentes importantes para estabelecer a conexão. É possível e provável que as diferentes gerações possam compartilhar preferências, ídolos, projetos etc., independentemente da idade, da raça, do gênero, da cor, da geração, religião etc.
 
O futuro das relações do trabalho caminha para a diversidade e é lá que mora o respeito às diferenças. O convívio intergeracional é parte importante da promoção dessa diversidade que buscamos e, muito em breve, vai transformar o que hoje é chamado de “conflito” em um real e produtivo “encontro de gerações”.


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