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Estado de Minas

Economia circular e a produção de alimentos


18/12/2021 04:00


Adriana Madeira
Pós-doutora em administração e professora do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA) da Universidade Presbiteriana Mackenzie
 
 
Nelson Roberto Furquim
Engenheiro de alimentos e professor do CCSA da 
Universidade Presbiteriana Mackenzie
 
 
 
A Indústria 4.0, também conhecida como a 4ª Revolução Industrial, contempla um sistema de tecnologias refinadas e avançadas que estão provocando mudanças substanciais nas formas de produzir e nos modelos de negócios, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Alguns exemplos dessas tecnologias são a inteligência artificial, a robótica, a internet das coisas e computação em nuvem, entre outros.

A Indústria 4.0 está progredindo de forma substancial, e passa a favorecer uma indústria mais alinhada em termos de economia circular e produção mais limpa, visando aos negócios e a resultados mais éticos, com exatidão, precisão e eficiência.

No agronegócio como um todo, e mais especificamente no setor de alimentação, o combate às perdas e ao desperdício de alimentos requer um olhar diferenciado, voltado para as práticas operacionais, produtivas e de consumo, acarretando mudanças em toda a cadeia produtiva.

Uma das principais mudanças relaciona-se a transformar as perdas e o desperdício de alimentos, ou qualquer tipo de resíduo alimentar, em algo útil novamente, que possa ser reintroduzido na cadeia de valor. E esse conceito é a base do pensamento da economia circular.

Portanto, buscar sustentabilidade e se preparar para a economia circular tanto no agronegócio quanto na indústria de alimentos e bebidas é muito mais do que apenas se preocupar com o meio ambiente. Também pode contemplar uma maneira de aumentar a afinidade da marca com seus clientes, gerar economia de investimentos e minimizar perdas e descartes.

Quando implementada da maneira correta, a economia circular na indústria de alimentos e bebidas leva à redução de desperdícios, auxilia na eficiência dos processos, traz contribuições para o uso mais inteligente de energia e outros recursos produtivos, podendo impulsionar inovações, agregando valor ao negócio, além de gerar vantagem competitiva aos produtos e serviços oferecidos.

Sendo assim, torna-se imprescindível a migração das configurações de manufatura tradicionais em manufatura inteligente, favorecendo o nível de adaptabilidade, confiabilidade e flexibilidade das empresas, levando a resultados com alta qualidade, decorrentes de produção de baixo custo e um melhor alinhamento com os conceitos básicos de economia circular.

Como saída, empresas poderão voltar-se mais para a venda de serviços, mesmo tendo sua origem como manufaturas, conforme aponta Catherine Weetman (2019). No transporte privado por exemplo, pode-se transformar um produto (veículos) em um serviço (transporte), trazendo benefícios para área de logística, economia de combustível, menor geração de poluição, utilização de mão de obra, permitindo a utilização de produtos e estoques, sem necessariamente ter que adquiri-los.

Uma mudança de modo produtivo associada à mudança de percepção de valor por parte do cliente.


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