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Estado de Minas Editorial

Brasil necessita de crescimento


09/12/2021 04:00

O Brasil precisa voltar a crescer urgentemente para evitar uma catástrofe social. Estima-se que, hoje, um em cada quatro brasileiros esteja vivendo abaixo da linha de pobreza – um contingente de mais de 50 milhões de pessoas. É inadmissível que o país conviva com esse quadro assustador como se fosse uma situação de normalidade. Para não morrer de fome, cidadãos de bem têm recorrido aos lixões. O quadro se torna mais dramático porque não há um movimento forte por parte do Estado para reverter o desastre. Apenas paliativos são colocados na mesa.

O governo anunciou o Auxílio Brasil de R$ 400, substituto do Bolsa-Família, como capaz de reverter a miséria que assola o país. Toda ajuda é bem-vinda, mas é preciso muito mais, a começar pelo controle da inflação. De nada adianta conceder benefícios sociais com os preços em disparada. Os R$ 400 que vêm sendo pagos desde novembro mal dão para garantir comida para uma família ao longo de um mês. O que as pessoas em vulnerabilidade precisam é de emprego e melhor distribuição de renda. Isso só é possível por meio de um longo período de crescimento econômico.

Não será em 2022, pelo que se projeta até agora, que o Brasil dará início ao salto em direção a um futuro promissor. Todas as estimativas apontam para o que os economistas classificam como estagflação, a perversa combinação de inflação alta com atividade fraca. Os dados mais recentes disponíveis apontam que o país mergulhou em uma recessão técnica – dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB) –, com inflação anual acima de 10%. Trata-se de uma tragédia decorrente, em parte, dos sucessivos erros do governo, seja por criar constantes crises políticas, seja por desdenhar do equilíbrio fiscal, tão importante para manter a confiança dos agentes econômicos.

Em comunicado divulgado ontem logo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a taxa básica de juros (Selic) subiu de 7,75% para 9,25% ao ano, o nível mais elevado desde 2017, o Banco Central admitiu que o momento vivido pelo país é desafiador. A inflação se mostrou mais resistente do que o esperado, o ritmo de atividade econômica está aquém do imaginado, surgiu uma nova variante do coronavírus, a Ômicron, e os principais bancos centrais do mundo começam a discutir um processo de aumento dos juros, movimento que baterá em cheio nos países emergentes.

Mesmo com todas essas adversidades, o Banco Central se comprometeu a elevar os juros mais uma vez em 1,5 ponto percentual na primeira reunião do Copom de 2022, em fevereiro. Quer dizer: a taxa Selic atingirá 10,75% ao ano. Será um baque ante um PIB tão fraco. Enquanto isso, o governo, que deveria estar empenhado em criar condições para o crescimento sustentado da economia e o bem-estar da população, direcionou toda a sua estrutura para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Não há, portanto, um plano de resgate do país. Pelo contrário.

O presidente insiste em seu discurso radicalizado, ao se recusar a apoiar um passaporte vacinal para que estrangeiros possam entrar no país. Distorce um programa tão importante como o Prouni, que facilita o acesso de estudantes carentes às universidades. Prefere focar seu discurso em questões ideológicas em vez de se dedicar a um programa de educação que seja inclusivo e forme os trabalhadores do futuro. 


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