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Estado de Minas EDITORIAL

Por que a COVID recua no Brasil


16/11/2021 04:00

O Brasil voltou a ser o centro de atenções de cientistas do mundo inteiro. Desde julho, os indicadores de gravidade da pandemia de COVID-19, como número de casos, de internações em unidades de terapia intensiva e de mortes, caem continuamente no país. A razão mais óbvia para a queda é o avanço da campanha nacional de vacinação. Aliás, a expertise brasileira nesse campo, graças ao Sistema Único de Saúde (SUS), é reconhecida internacionalmente e serve, inclusive, de modelo para outras nações. 

Mais uma vez, o fato que intriga pesquisadores é que, enquanto a pandemia recrudesce nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, como a Áustria, que voltou a decretar lockdowns, o Brasil coleciona boas notícias. Em outubro, por exemplo, houve queda recorde no número de novas infecções em 80% das 326 cidades do país com mais 100 mil habitantes, conforme dados do monitor de aceleração da COVID, do jornal Folha de S.Paulo. O pior momento, mostra o estudo, ocorreu em maio de 2020, quando a média diária de cidades com redução de casos se resumia a três.

Tudo isso a vacinação e o SUS explicam. Mas há outro ponto, igualmente importante, que é o fato de não existir no Brasil, apesar das dimensões continentais, um grande contingente da população refratária à vacina, como ocorre nos Estados Unidos e em diversos países da Europa e da Ásia. Mesmo com vacinas de sobra para imunizar todos os habitantes, os Estados Unidos e países ricos da União Europeia já foram ultrapassados pelo Brasil, pelo menos, na aplicação da primeira dose. E devem ficar para trás também quanto ao ciclo vacinal completo. 

Aqui, do público-alvo da imunização, que hoje são pessoas com 12 anos ou mais, o percentual dos que tomaram ao menos uma dose da vacina supera 90%. No caso apenas da população adulta, a taxa está acima de 99,5% dos habitantes, índices muito difíceis de serem superados. No entanto, no que diz respeito ao contingente da população com imunização completa, o Brasil ainda tem uma longa batalha pela frente. O país acaba de ultrapassar os 70% de pessoas com 12 ou mais totalmente vacinadas. No caso apenas dos adultos, a taxa se aproxima dos 80%, mas já deveria ter ultrapassado esse número. 

É neste ponto que a porca torce o rabo. Na avaliação de especialistas, o país precisa chegar, pelo menos, ao percentual de 80% da população total com o ciclo vacinal completo – duas doses ou dose única – para começar a flexibilizar as medidas protetivas, como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento físico entre as pessoas. Mesmo assim, estados e municípios já começaram a levantar as restrições. Nas ruas, de forma geral, é possível observar que a maior parte das pessoas mantém a proteção facial em meio a aglomerações. Em estádios de futebol, contudo, a falta de cuidados dos torcedores causa aflição. E pode custar caro caso haja um recrudescimento da pandemia no país. 


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