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Estado de Minas artigo

Terapia intraóssea: Tecnologia faz a diferença na hora de salvar vidas


02/08/2021 04:00

Rose Abelha
Enfermeira especialista da Linha de Emergência do Grupo Hemocat/Cath Care


O dia a dia em uma emergência – seja dentro de um hospital ou mesmo na rua – requer um protocolo rígido com regras universais para trazer sempre o máximo de segurança para os pacientes. E uma das tecnologias já bastante exploradas, e que está chegando ao Brasil é um dispositivo de acesso intraósseo que possibilita a infusão de medicações e fluidos através da via intraóssea de uma maneira rápida, eficiente e segura.

Quando o paciente está em estado de emergência, é preciso agir de forma rápida e eficaz. Por isso a opção pelo acesso intraósseo ganha cada vez mais espaço. Essa é a melhor solução para infundir soro e medicamentos ao paciente que chega em estado grave quando o acesso venoso não for bem-sucedido ou inviável. É um princípio para o começo do atendimento e pode evitar agravamentos e até mortes.

A terapia intraóssea é um método alternativo para administração de medicamentos e fluidos através de um cateter instalado na cavidade medular. O dispositivo tem melhores taxas de sucesso na primeira punção, 98%, e o menor índice de infecção quando comparada com outras terapias infusionais. Além disso, pode evitar atrasos no início imediato na infusão de medicamentos e fluidos em pacientes adultos, pediátricos e neonatais.

O dispositivo é indicado para pacientes com acesso venoso difícil, pacientes em urgência e emergência que podem estar em risco aumentado de morbidade e mortalidade caso o acesso não seja obtido. Também há uma versão do dispositivo que é destinada para pacientes com idades entre 3 a 12 anos, onde a profundidade da agulha pode ser alterada de acordo com a idade do paciente e um para pacientes de 0 a 3 anos, que é manual e com penetração controlada pelo profissional.

Além disso, todas as soluções e fluidos que podem ser infundidos por via endovenosa, também podem ser feitos via intraóssea. O dispositivo não deve permanecer por mais de 24 horas em cada sítio, devendo ser substituído, prioritariamente, por outra via de acesso. A agulha dele pode ser utilizada na injeção de contraste em exames de Tomografia Computadorizada (TC).

Essa terapia é indicada pelos maiores órgãos do mundo e também auxiliou em casos graves de COVID-19. A emergência, por se tratar de uma área crítica e de tratamento imediato, é uma das áreas mundialmente padronizadas e focadas em primeiros atendimentos. A intraóssea começou nas crianças, pois muitas morriam por falta de acesso, quando chegavam desidratadas, por exemplo. Assim, se percebeu que para o adulto também era uma ótima alternativa.

O procedimento não é indicado em casos de ossos quebrados, pois o medicamento pode não chegar ao local correto. Se introduzir o líquido no osso quebrado, ele pode extravasar. É uma contraindicação absoluta, é só não aplicar no osso quebrado. Além disso, os profissionais também devem ficar atentos a feridas abertas no local da aplicação do dispositivo, pois pode contribuir para uma contaminação, levando a uma infecção óssea.

Esse é um dispositivo que ajuda a salvar vidas. Para utilizar o dispositivo intraósseo todos os enfermeiros passaram por um curso de habilitação e punção intraóssea. O dispositivo tem sido um diferencial, a punção intraóssea é algo fantástico, principalmente nas taxas de reversão de parada cardiorrespiratória.


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