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Estado de Minas

Por que a inteligência artificial não vai substituir o RH?


01/05/2021 04:00




Ana Paula Prado
Country manager do InfoJobs

Muito se fala sobre os impactos que a tecnologia pode ter nas atividades profissionais. Pes- quisas apontam previsões que vão desde substituição de alguns postos de trabalho até a criação de novas ocupações. No entanto, a inteligência artificial (IA) é algo muito mais abrangente.

Não nos resta dúvida de que a tecnologia agiliza e facilita o processo de recrutamento para as empresas, mas será mesmo que as máquinas são capazes de substituir totalmente os seres humanos? Relatório da consultoria McKinsey estima um equilíbrio no saldo de empregos até 2030, com perdas de 20% e ganhos na mesma proporção. De acordo com a pesquisa, as atividades com maior risco de substituição serão trabalhadores de serviços (30%) e operadores de máquinas (40%).

De fato, a inteligência artificial deve ocupar parte das atividades realizadas pelos seres humanos, mas isso vem para que as empresas possam otimizar suas atividades, e não anular os cargos. Em suma, podemos dizer que essa tecnologia busca otimizar o trabalho das pessoas, entregar informações, respostas e soluções inteligentes.

A tendência não é que os profissionais sejam substituídos por máquinas, mas sim que as empresas implantem setores mais estratégicos, até mesmo na área de recursos humanos, e assim, os contratados entendam de que forma os avanços podem auxiliar nos processos internos, para os profissionais serem mais eficientes. A intenção é que atividades que até então levavam dias para ser executadas passem a ser realizadas em poucas horas, de forma mais prática.

Pense por exemplo nos processos seletivos. Enquanto os recrutadores passavam meses analisando centenas de currículos, um a um, os softwares com inteligência artificial usam machine learning para fazer isso em poucos dias. Não é à toa que cada vez mais os profissionais de recursos humanos têm entendido que a inteligência artificial é uma aliada, ao invés de uma ameaça. Segundo artigo publicado pelo site HR Technologist, a IA está cada vez mais presente dentro das empresas.

As tecnologias podem até acelerar o processo burocrático das empresas, mas o ser humano continua sendo indispensável para a execução dessa inteligência artificial. Essa tecnologia só existe por conta de seres humanos e só vai atuar através deles. A intenção é que, com ela, os recrutadores possam se concentrar em entrevistas detalhadas e venham a contratar funcionários com alto potencial, alinhados com o fit cultural de cada empresa.

Então, fique tranquilo. O profissional de recrutamento não vai deixar de existir, uma vez que a IA veio ajudar, facilitar e fortalecer ainda mais o trabalho desses colaboradores. Mas saiba que suas funções vão sofrer mudanças significativas (já estão sofrendo, né?!), a começar que competências analíticas serão muito mais exigidas do que operacionais, e até mesmo facilidade de adaptação vem sendo muito exigida, para enfrentar essas mudanças.

A inteligência artificial precisa ser usada com sabedoria e consciência, e isso só é possível com um ser humano comandando esses serviços. A ideia é justamente humanizar mais ainda os processos e trazer mais imparcialidade e inclusão às empresas.


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