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Estado de Minas Editorial

Insegurança também na mesa

São 125,6 milhões de habitantes que não se alimentam em qualidade e quantidade necessárias


19/04/2021 04:00

Não bastassem a dor dos parentes de mais de 370 mil mortos e o drama dos profissionais de saúde na luta para tentar salvar outras vidas em hospitais lotados, a gravíssima crise sanitária que atinge o país ainda trouxe o flagelo da fome para milhões de brasileiros como consequência dos efeitos danosos da pandemia causada pelo novo coronavírus sobre a economia brasileira.

Com o forte encolhimento das atividades informais, a suspensão ou fechamento de pequenos negócios e o aumento do desemprego, a renda de grande parte das famílias caiu e, no caso das menos favorecidas, levou à redução até da comida. Um dos estudos que dão a dimensão da gravidade do quadro, divulgado recentemente, feito por grupo de pesquisa com sede na Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceira com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade de Brasília (UnB), mostra que a insegurança alimentar atinge nada menos que seis de cada 10 brasileiros.

São 125,6 milhões de habitantes que não se alimentam em qualidade e quantidade necessárias. De acordo com os dados, coletados entre agosto e dezembro do ano passado, 44% das pessoas reduziram drasticamente o consumo de carnes. E 41%, o de frutas. Entre os que relataram insegurança alimentar, 15% a classificaram como grave, ou seja, quando está faltando o que comer. Para piorar, a alta de preços dos alimentos é uma das maiores pressões sobre a inflação, que ameaça voltar a assombrar, atingindo principalmente os mais pobres.

Neste cenário, é de se elogiar a retomada do pagamento pelo governo federal do auxílio emergencial a informais, autônomos, desempregados e famílias de baixa renda, ainda que tardia e em valores significativamente menores do que os do benefício concedido no ano passado. Fará diferença no prato de muita gente. Assim como deve ser exaltado o esforço de ONGs, igrejas, associações comunitárias e até clubes de futebol (como se propôs o Atlético) para arrecadar e distribuir cestas básicas nas vilas e aglomerados. Quem tem fome, tem pressa, e toda a ajuda é bem vinda.

Lembrando, sempre, que a solução efetiva para o problema, traduzida na retomada do crescimento econômico e na abertura de postos de trabalho, somente será alcançada com a vacinação em massa da população, permitindo, assim, a livre circulação e convivência das pessoas em segurança.


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