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Estado de Minas EDITORIAL

Endividamento das famílias


02/03/2021 04:00 - atualizado 01/03/2021 22:39

O sagrado arroz com feijão do dia a dia; o aluguel ou a prestação da casa; as contas de água, luz, condomínio; a mensalidade da escola dos filhos... Todo mês, administrar as despesas domésticas e mantê-las equilibradas é um desafio e tanto para a maioria dos brasileiros. A mais recente Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada em 18 de fevereiro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias com dívidas voltou a subir e chegou a 66,5% em janeiro, superando a taxa de dezembro (66,3%) e a do mesmo mês do ano passado (65,3%). A alta coincide com o fim do pagamento do auxílio emergencial – há a expectativa de que volte a ser pago ainda neste mês – e com o recrudescimento da pandemia de COVID-19. Os dois fatores afetaram, duramente, a retomada do crescimento.

Além disso, a situação é agravada pelo atraso e as incertezas quanto ao rumo da vacinação no país, outro revés para os setores produtivos e para os cidadãos em busca de emprego. Responsável pelo estudo da CNC, a economista Ízis Ferreira observou que, sem auxílio e diante do avanço da COVID-19, as famílias de menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Entre os alvos da pesquisa figuram dívidas com cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, crédito consignado, carnês de loja, prestação do carro e até o velho cheque pré-datado.

Em relação às famílias inadimplentes – com dívidas ou contas atrasadas –, um dado positivo: o percentual recuou pelo quinto mês consecutivo, fechando em 24,8% no primeiro mês de 2021. Ficou acima dos 25,2% de janeiro do ano passado, mas é o menor desde fevereiro, antes do início da pandemia. No quesito comprometimento da renda doméstica para pagar dívidas, o percentual alcançou 21,7%, abaixo do de dezembro, mas 2,3 pontos acima do de janeiro de 2020. Já o índice das que declararam não ter condições de pagar as contas foi de 10,9% do total, abaixo dos 11,2% de dezembro e acima dos 9,6% de janeiro de 2020. O cartão de crédito manteve-se na dianteira quanto ao tipo de dívida, chegando a 80,5%, um recorde, contra 79,4% em dezembro.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o pagamento do benefício a cerca de 60 milhões de pessoas em meio à pandemia, em 2020, injetou recursos na economia e evitou o agravamento da crise. “Temíamos uma escalada no número de inadimplentes. O auxílio emergencial ajudou a evitar o pior cenário, e a economia soube se reinventar na medida do possível”, disse. Diante dessa conjuntura, observou Ízis Ferreira, o papel do crédito torna-se ainda mais relevante na recomposição da renda. “É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle”, defendeu a economista.


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