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Estado de Minas EDITORIAL

Injeção vital para a economia


25/01/2021 04:00

Fim da politização e do negacionismo, além do esforço efetivo para que o Brasil tenha acesso a doses de vacinas contra a COVID-19 já disponíveis em dezenas de países é o mínimo a esperar do governo federal e de lideranças políticas, independentemente de cor partidária. O momento de esperança renovada da população de vencer a doença, com a chegada da CoronaVac, embora em doses muito pequenas, traz também a expectativa dos investidores sobre os rumos da economia brasileira. Como justificar que a maior nação latino-americana e uma das maiores economias do mundo não conseguiu contratar imunizantes como seus pares do mundo em desenvolvimento?

A competição com os destinos do dinheiro no planeta será difícil para um Brasil que se permitiu atrasar no enfrentamento da pandemia. Empresários e economistas de grandes corretoras e bancos já vêm admitindo a importância da imunização como mecanismo essencial na recuperação da atividade econômica. Quanto maior for o atraso no processo, mais demorada será a recuperação do país, que teve em 2020 baixa de investimentos, curva ascendente de preços e desemprego recorde.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) observou, em comunicado, que a vacinação significará retorno seguro ao trabalho, com afastamento dos riscos da doença e a consequente reativação de setores da economia. Imunizar implica dissipar incertezas e injeta confiança, segundo a CNI, fator necessário para dar gás novo ao consumo e capacidade de o país reverter perdas de renda da população.

A Federação Nacional dos Bancos divulgou neste mês pesquisa mostrando que 64% da população pretendem se vacinar. De acordo com a entidade, o brasileiro mantém a convicção de que a vida financeira vai melhorar, apesar da ressalva de que os pés ficarão pregados ao chão. Por meio de nota, a instituição do sistema bancário considerou imprescindíveis as medidas sanitárias e de combate à doença.

Em Belo Horizonte, a Câmara de Dirigentes Lojistas destacou, esta semana, que a vacinação representa alívio, esperança de dias melhores e de retomada do crescimento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu a vacinação como fator importante para sustentar a recuperação da economia ao garantir a volta da população ao trabalho presencial. Muito mais que isso já deveria justificar que o governo incentive a vacinação.

Em relatório de dezembro, o Credite Suisse estima que só no quarto trimestre o Brasil vai chegar ao nível de 70% da população imunizada ou acima disso. Com vacinação atrasada, fim do auxílio emergencial, desemprego recorde e recuperação muito vagarosa do emprego, o começo do ano será fraco, como prevê o Banco Inter, que admite queda de 0,5% frente a janeiro, fevereiro e março de 2020.

As estimativas para o crescimento do Brasil feitas pelo FMI são de 2,8% em 2021 e de 2,3% em 2022. Trata-se de um percentual medíocre comparado às taxas de 6% em 2021 e 5,1% em 2022 projetadas para os países emergentes. A projeção foi feita em outubro passado. A aposta na expansão da economia mundial é de 5,2% neste ano e 4,2% em 2022. A bolsa brasileira, a B3, terminou 2020 com valorização de 2,92%, mas os investidores estrangeiros retiraram R$ 33,86 bilhões. Números, portanto,  não faltam como alerta.


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