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Estado de Minas

Faltou habilidade, sobrou franqueza


11/01/2021 04:00

Fábio P. Doyle
Da Academia Mineira de Letras
Jornalista

"O Brasil está quebrado." Mais uma declaração infeliz do presidente Jair Bolsonaro. A imprensa escrita e televisionada que não gosta dele, que trabalha há dois anos para derrubá-lo de qualquer jeito, legal ou ilegalmente, nadou de braçada nas águas oferecidas de graça pelo sempre imprudente presidente. Com rima proposital.

O que provocou a declaração tão explorada pelos seus opositores? Ela foi feita em público, na rua, numa das perigosas entrevistas improvisadas, quase sempre manipuladas por cidadãos a serviço dos que ainda não se conformaram com a derrota nas urnas e perda do poder.

O que aconteceu: um dos que conversavam naquele encontro improvisado com Bolsonaro, sempre aberto a perguntas, pediu a ajuda financeira do governo federal para manter uma entidade assistencial de que era diretor. Em vez de prometer, hipocritamente, "vou encaminhar seu pedido para análise do setor competente", como faria qualquer político brasileiro, Bolsonaro, sincero, mas imprudente, descartou no ato com "o Brasil está quebrado". Ou seja, "não temos sobra de dinheiro para atender a todos os pedidos como o seu".

Outros observadores comentam o motivo que teria levado o governo à alegada carência de recursos orçamentários, a "quebradeira", contra a qual o presidente afirmou: "Nada posso fazer".

Ela, a carência, decorreria da má vontade do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em colocar em pauta os projetos e reformas essenciais encaminhados pelo Executivo ao Poder Legislativo. A paralisação, o virtual arquivamento das proposições, afetou todo o programa de recuperação da economia planejado pelos ministérios, principalmente o da Economia, comandado com competência por Paulo Guedes.

Entre os mais importantes engavetados por Maia, os das reformas tributária e administrativa. Para esta, protestou o deputado mineiro Tiago Mitraud (Novo), presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa: "Nem sequer foi montada (por Rodrigo Maia) a comissão especial que analisaria e aprovaria, ou não, o texto proposto pelo governo".

De qualquer forma, o presidente não deveria ter dito daquela forma. Faltou habilidade no uso do idioma, indispensável para um chefe de governo. Ele usa e abusa de uma franqueza que pode ser mal entendida. Como tem sido.

Muito boa, ainda dentro do tema, a entrevista que o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, deu à CNN na semana passada. Segundo ele, o presidente "disse algo que não é novidade. Nossa situação fiscal é delicada e não comporta novos benefícios".

Já que falamos em Câmara dos Deputados e em engavetamento de projetos e reformas constitucionais, registre-se que Rodrigo Maia não será mais o presidente daquela Casa legislativa. Dois candidatos concorrem ao posto, Arthur Lira e Baleia Rossi. Que seja eleito o melhor, o mais competente, o mais patriota, o que pensa grande, o que não guarda projetos que são importantes para o país. Assim seja.

BIDEN, O RISCO 

Biden e seu grupo ganharam tudo. A presidência do país, a maioria no Senado, tradicionalmente reduto republicano, na Câmara dos Deputados, que já era deles. Ganharam até na Georgia, estado sempre controlado pelo Partido Republicano.

A apuração foi emocionante. Voto a voto, contados manualmente, eles não aceitam a eletrônica. Varou o dia, a noite, a madrugada e a manhã do dia seguinte, variando a liderança nas duas vagas minuto a minuto.

 Ao final, quando tudo indicava a reeleição dos republicanos David Perdue e da loura Kelly Loeffler, já com 90% dos votos apurados, nova reviravolta colocou o jovem John Ossoff e o pastor negro Raphael Warnock como vitoriosos. Logo, 50 a 50. Pelo voto de minerva da vice-presidente Kamala Harris, fica garantido o controle do Senado pelo presidente Biden. Uma surpresa para Trump e seu grupo.

O grande vencedor, o simpático Joe Biden assume no dia 20 próximo. Que ele assuma mesmo, sem se deixar influenciar e dominar pelos que o escolheram, de formação socialista radical. Se ceder, ninguém sabe o que poderá acontecer com o país mais poderoso do mundo, respeitado pela sua formação e tradição essencialmente democrática.  Aliás, a confusão começou antes da posse, com a invasão do Capitólio, em Washington, pelos que não aceitam o novo governo. Good bless America!

Monstros 

Cume da maldade. Uma pessoa jogou dois cãezinhos pequenos, indefesos, puros, amigos, dentro de um tanque de piche, aquele líquido preto de betume para produzir asfalto.

Os pobrezinhos ficaram com o corpo todo, inclusive os olhos, boca e ouvidos, cobertos pela pasta oleosa, negra e tóxica. Morreriam caso pessoas e veterinários bondosos não cuidassem deles, usando produtos próprios para retirar de seus corpos o betume asfáltico. O ato criminoso foi praticado no bairro Capitão Eduardo, Noroeste de BH.
Como sempre, ninguém até agora foi preso.


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