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Estado de Minas editorial

Desemprego, um desafio emergencial

Por trás da frieza dos números estão cidadãos desalentados, famílias desamparadas, crianças e jovens com o futuro ameaçado


17/10/2020 04:00 - atualizado 17/10/2020 17:21

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reunidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios COVID (Pnad COVID-19), mostram um quadro cada vez mais preocupante do mercado de trabalho. 
 
A taxa de desemprego no país subiu de 13,7% da população economicamente ativa, na terceira semana de setembro, para 14,4% na quarta semana do mês. Isso significa um contingente, sem precedentes, de 14 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade de emprego.
 
Além do número expressivo de brasileiros sem trabalho, chama a atenção a velocidade com que essa população vem crescendo. Em apenas uma semana, 700 mil pessoas engrossaram as filas do desemprego, já que, na semana anterior, havia 13,3 milhões à procura de uma vaga. Em contrapartida, o total de ocupados foi de 83 milhões na quarta semana de setembro, 700 mil a menos que na semana anterior, mostrando que a alta na desocupação não se deu apenas pelo aumento do número de trabalhadores em busca de oportunidade, mas pela eliminação de postos de trabalho existentes.
 
Os números não deixam margem a dúvidas: o desemprego é o principal desafio que o país tem de enfrentar nos próximos meses, após o período de maior preocupação com a pandemia da COVID-19. Por trás da frieza dos números estão cidadãos desalentados, famílias desamparadas, crianças e jovens com o futuro ameaçado. 
 
É urgente, portanto, encontrar soluções que retirem milhões brasileiros dessa triste e dramática realidade. A tarefa, no entanto, não cabe apenas ao governo, cuja responsabilidade, com certeza, é grande. 
 
A incerteza sobre a capacidade de o Executivo recolocar sob controle as contas públicas e o endividamento tem afastado investimentos, nacionais e estrangeiros, que poderiam desengavetar projetos, ampliar fábricas e criar oportunidades de trabalho e renda. É preciso, primeiramente, que o Executivo mostre de forma inequívoca que vai agir para recuperar a confiança do mercado.
 
Todavia, os demais poderes não podem ficar alheios ao equacionamento de problema tão grave, que afeta um número crescente de brasileiros. Nesse aspecto, o Legislativo tem papel essencial. Por mais difíceis que sejam os obstáculos políticos, o encaminhamento das reformas tributária e administrativa, que devem criar um ambiente mais propício à recuperação da economia, não pode ser postergado indefinidamente.
 
O setor produtivo – capital e trabalho – tampouco pode ficar alheio ao debate. Afinal, desemprego significa redução do consumo, queda na produção e, em última instância, diminuição dos lucros. A tarefa, portanto, é de todos. Mais do que um item crítico na retomada econômica, a geração de empregos constitui uma agenda social da maior importância. Requer senso de urgência.


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