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Estado de Minas EDITORIAL

Palavras e ações


15/08/2020 04:00

“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou.” O ensinamento de Magalhães Pinto é lembrado nas negociações entre personagens que circulam por corredores e salas do poder. É natural. Com o diálogo se contornam arestas e se constroem consensos. Respostas tidas como únicas se enriquecem no confronto com outras. Ganham largueza e mais espaço para transitar.

Em tempos de polarização como os de hoje, a lição do político mineiro deve ser observada com redobrada atenção. É importante, sobretudo em áreas sensíveis como a econômica, emitir sinais claros e firmes. Esta semana, a fala do ministro Paulo Guedes sobre possíveis trincas no projeto liberal do governo provocou abalo sísmico – o dólar subiu, a bolsa caiu. O Banco Central precisou intervir para evitar maior desvalorização do real.

Ficou o alerta: mais do que senadores, deputados, governadores e prefeitos, o mercado e os investidores estão atentos ao movimento das nuvens. Na analogia, o Palácio do Planalto. O presidente reagiu ao risco de lançar desconfiança no pilar de sustentação do governo. Reafirmou, ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado, o compromisso de respeitar o teto de gastos e de levar avante as reformas estruturantes defendidas na campanha que o elegeu.

Passo importante, sem dúvida. O pronunciamento restituiu o crédito, que oscilava como as partículas suspensas na atmosfera referidas por Magalhães Pinto. Impõe-se, agora, partir das palavras para a ação. Em outras palavras: cumprir o prometido, que se resume a três linhas básicas: realizar a reforma tributária, reduzir a máquina pública e concretizar as privatizações, que, segundo cálculos do Planalto, vão levantar R$ 1 trilhão.

Ensaio tímido da reforma tributária foi encaminhado ao Legislativo em julho. O texto prevê a união de dois tributos federais. O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) viram Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota de 12%. A proposta será discutida junto com a do Senado e a da Câmara.

Passados 20 meses da posse de Jair Bolsonaro, esperam-se as demais medidas necessárias à modernização do Estado. A reforma administrativa, um dos pivôs da debandada da equipe econômica, tem de sair da gaveta e chegar ao Congresso. As privatizações precisam avançar. Só com ação prova-se que as palavras do presidente não são para inglês ouvir. São metas que o governo tem real empenho em alcançar.


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