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Estado de Minas

A importância do mérito

O mérito pessoal deve constituir-se no único alicerce a fim de sustentar a urgente retomada econômica do Brasil


postado em 07/07/2020 04:00

João Dewet Moreira de Carvalho
Engenheiro-agrônomo



Algumas sociedades humanas não se deram conta, ainda, da fundamental importância do mérito pessoal para o crescimento saudável do país.       Aliás, prática bastante comum em sociedades corruptas e dominadas pelo famigerado apadrinhamento político. Nelas, apenas aos fiéis soldados dos esquemas operantes são destinados os mais altos cargos da nação. Pois proclamam que o mundo é dos espertos. Esquecendo, os pretensos sabidos, que esperteza demais é sinal de burrice! No entanto, o Brasil sempre foi assim. Desde os tempos das capitanias hereditárias. E daí?

Bem, aí, o resultado não poderia ser outro além dos constantes e repetitivos descalabros produzidos e responsáveis por manter várias gerações de brasileiros na miséria, apesar de se consumirem na labuta de sol a sol. Aliás, triste é comprovar que, nos últimos 20 anos da história política brasileira, a vergonhosa situação de continuar atribuindo distinção aos medíocres e nulos, além de proteção aos corruptos, continua como antes. E daí? Por acaso existe outra opção?

Lógico! Quando o modelo baseado no mérito e na extrema capacidade profissional predomina, então, o resultado se constata no incremento da eficácia nas tomadas de decisão, além do aumento da eficiência produtiva em todo o sistema. Como provar? Basta verificar a pujança do agronegócio brasileiro, pois trata-se do exemplo clássico do pleno exercício meritocrático. Então, como transformar os outros capengantes setores da economia brasileira?

Bem, começando pela consciência de que para aumentar a eficiência econômica de uma nação não basta tão somente manejar corretamente os mecanismos da política fiscal, monetária ou do controle orçamentário. Mas, também, influir diretamente na melhoria do ambiente de negócios e de trabalho. Em que a capacidade da boa governança exercida pela elite governamental seja capaz de criar boas expectativas futuras que promovam a propensão ao investimento. Pois, sendo afastado o temor de prejudiciais atitudes inconsequentes advindas dos três poderes da República, o risco sistêmico do país diminuirá sensivelmente. E, assim, haverá a possibilidade do surgimento de um novo e virtuoso ciclo econômico. Pois só assim novas empresas serão geradas, criando maior disponibilidade de vagas no mercado de trabalho.

Aliás, na verdade, esse é único caminho, hoje, disponível e capaz de vencer o desalento provocado no mercado pela atual pandemia do novo coronavírus. Afinal, capacidade criativa para propor novas soluções e reverter os imensos obstáculos dos tempos obscuros é de propriedade exclusiva das pessoas extremamente competentes. Por isso, o mérito pessoal deve constituir-se no único alicerce, a fim de sustentar a urgente retomada econômica do Brasil. Tanto do setor público, quanto do privado.

Só que existe um grave problema em toda essa mudança de procedimento. Qual? Quando a meritocracia toma o lugar do seu oposto, então, fantasmas poderosos dos subterrâneos da natureza humana se manifestam e criam um pandemônio dos infernos. E se não forem rapidamente localizados e eliminados, colocam todo o esforço em prol da melhoria do ambiente de trabalho perdido. Fantasmas evidenciados, principalmente, na recorrente e mordaz crítica invejosa sempre presente em grande número de pessoas ao ver alguém alheio a si ou fora da sua panelinha se destacar e ser alvo de merecidos elogios devido ao seu imenso mérito pessoal.

Com isso, os porões dos horrores são abertos, jorrando críticas que salientam não a capacidade do indivíduo em si, mas aspectos pessoais. Revelando, dessa forma, como se espinha facilmente, quando confrontada, a maior das características humanas: a vaidade. Ou seja, a incontrolável vaidade pessoal que não admite ver qualquer outro como merecedor de destaque. E, dessa forma, impulsionado pela sua irmã siamesa, a inveja, partindo de imediato para a batalha difamatória.

E, assim, com a milenar experiência acumulada no exercício de preconceitos e racismos contra todas as minorias da sociedade, passam, então, a agredir os que ousaram se destacar através do mérito pessoal. Vindo, então, à tona, comentários depreciativos sobre sua religião, nacionalidade, origem social, cor da pele, opção sexual, características físicas e tantas outras particularidades. Mimimi de minoria? Bem, só sabe a dor da injustiça e do preconceito quem um dia foi vítima de tais atrocidades. E cujos travesseiros ainda trazem o calor de suas lágrimas derramadas.

 Portanto, a reformulação de toda uma gama de procedimentos sociais venenosos é essencial para a retomada das relações sociais saudáveis da nação. De modo que, ao ser impulsionada, possa romper o ponto da inércia da corrupção institucionalizada e da prática do nefasto clientelismo político responsáveis pela ineficiência produtiva nacional. Quer seja administrativa, econômica, cultural ou social. Além de trazer respeito e paz a tantas outras sofridas minorias constantemente aviltadas em sua dignidade.

A nação brasileira é por origem multirracial, além de plural em suas manifestações sociais. Não cabe em seu território, portanto, existência de preconceitos e racismos, sob nenhum pretexto. Ao contrário. Afinal, o Brasil tem a intransferível missão de assumir, com urgência, seu distinto papel de liderança diante do mundo. E, assim, construir um novo paradigma civilizacional sob a égide do mérito, do respeito e sem preconceitos ou racismos. 


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