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Estado de Minas

O inimigo não é só o vírus


postado em 28/06/2020 04:00

Marcelo de Souza e Silva
Empresário, administrador de empresas e presidente da
Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte


Hoje, 28 de junho, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte está completando 60 anos.  Mas não há absolutamente nada a comemorar. Aqui em BH, nossa luta não é só contra o vírus que provoca a pandemia. Travamos também uma intensa luta contra o autoritarismo, a intransigência e a falta de diálogo da prefeitura.

Na sexta (26), a prefeitura anunciou o novo fechamento do comércio. Um enorme retrocesso no processo de reabertura iniciado em 25 de maio. Estabelecimentos que haviam ficado fechados por 80 dias voltarão a ser impedidos de funcionar. Outros milhares que já estão há 100 dias de portas fechadas permanecerão do mesmo jeito. Em nenhum lugar do mundo houve um período tão grande de fechamento do comércio.

A prefeitura afirmou que o processo de reabertura seria determinado por três fatores: a ocupação de leitos de UTI, a ocupação de leitos de enfermaria e o número médio de transmissão por infectado. Pelo boletim divulgado na sexta-feira, apenas o índice de ocupação de leitos de UTI está no vermelho. Os outros dois estão no nível amarelo.
E esse índice está no vermelho por culpa única e exclusiva da prefeitura. Em 29 de maio, a prefeitura anunciou que poderia criar imediatamente mais 509 leitos de UTI, passando de 220 para 729 leitos de UTI exclusivos para a Covid-19. Disse mais: que poderia passar de 647 para 1.752 os leitos de enfermaria.

Segundo o secretário de Saúde, a ampliação do número de leitos já estaria pactuada com os hospitais. Fica a dúvida: por que, em vez de novamente sacrificar o comércio, provocar mais uma quebradeira de empresas e a perda de milhares de empregos, a prefeitura não abre esses leitos?

Perguntamos isso com a autoridade de quem, desde o início da pandemia, teve como preocupação a preservação de vidas. A CDL/BH teve uma atitude pioneira quando, em meados de março, antes do fechamento do comércio, fez uma campanha de prevenção. Visitamos 31 centros comerciais distribuindo material informativo sobre os novos procedimentos que deveriam ser adotados para combater a doença.

Após a reabertura, em maio, fizemos uma grande campanha junto aos estabelecimentos para que voltassem de forma a garantir a segurança e a saúde dos colaboradores e clientes. Também instalamos mil faixas em toda a cidade com mensagens educativas pedindo para usar a máscara e evitar aglomerações.

Na última quinta-feira, em parceria com a Fiemg, demos início à instalação de 50 totens com álcool em gel nos terminais e estações de transporte coletivo. Cerca de 800 mil pessoas passam por esses locais e terão ao seu dispor essa proteção. Enfim, são medidas pensando na preservação das vidas. Aliás, nosso mantra desde o início da pandemia é salvar vidas, manter as empresas e garantir os empregos.
Nos últimos 60 anos, os lojistas de Belo Horizonte sabem que podem contar com a CDL. Já passamos por épocas de dificuldades e de prosperidade que firmaram uma máxima: quando o comércio vai bem, a cidade bem. Neste momento de extrema dificuldade, reafirmamos o compromisso. Além de lutar pela preservação de vidas, empresas e empregos, vamos enfrentar também o autoritarismo e a falta de diálogo.


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