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Estado de Minas EDITORIAL

Tratado nuclear

Especialistas vêm se mostrando preocupados com a expansão dos arsenais da China


postado em 28/06/2020 04:00

Os Estados Unidos podem dar um passo perigoso se deixarem expirar o último acordo nuclear bilateral vigente, o Novo Start, assinado em 2010 com a Rússia e que estabelece limites ao número de ogivas operacionais, além dos mísseis para transportá-las. Especialistas temem que se o tratado não for renovado, as tensões entre as duas potências atômicas podem ganhar força, o que não contribuiria em nada para o equilíbrio político mundial. Em meio a essa insegurança, a administração do presidente Donald Trump quer levar a China para as negociações, mas o gigante asiático se recusa a participar das conversações entre russos e norte-americanos.

Os chineses chegaram a ser convidados para a última rodada de negociações, mas não se mostraram interessados em participar de um Novo Start ampliado. Os EUA acusam a China de falta de transparência em seu programa nuclear – o país asiático domina a tecnologia nuclear desde os anos 1950 e estimativas dão conta de que possui perto de 300 ogivas em operação e os mísseis intercontinentais para carregá-las. Ao mesmo tempo em que se nega a negociar com russos e norte-americanos, o governo comandado por Xi Jinping é signatário dos principais acordos internacionais, como o Tratado de Não Proli- feração (TNP) e os protocolos adicionais da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

Para estrategistas da Casa Branca, a inclusão da China nas tratativas relativas ao uso de armas atômicas reflete as mudanças estratégicas no cenário internacional. Inquestionável que, hoje, o país asiático é o grande rival dos Estados Unidos no cenário global, assumindo o posto que era dos russos. Por isso, o convite para as negociações sobre o Novo Start. Os especialistas vêm se mostrando preocupados com a expansão dos arsenais da China e da Federação Russa. Os representantes dos EUA nas conversações entendem que se os chineses buscam status de poder no concerto das nações, têm de assumir suas responsabilidades para o exercício desse poder, sem o acúmulo secreto de armas nucleares.

Para o governo russo, há urgência na renovação do acordo porque, caso vença as eleições presidenciais, Trump, simplesmente, pode deixar o tratado caducar. Na visão dos russos, o presidente dos EUA já deu mostras de que não é um defensor contumaz de mecanismos internacionais de controles de arsenais. Se o Novo Start não for assinado, esse será o terceiro grande acordo sobre armamento abandonado pela administração Trump. No ano passado, os americanos se retiraram do Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance Intermediário e neste ano anunciaram que vão abandonar o Tratado de Céus Abertos, que permite voos de reconhecimento sobre os países signatários, o que dá transparência às operações militares de todos os países.

Tudo que o mundo precisa, agora, é de equilíbrio e ações concretas dos governantes com poder de destruição do pla- neta para que o desarmamento do mundo seja realidade, e não um simples sonho da humanidade.


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