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Estado de Minas EDITORIAL

Governador na mira da PF


postado em 28/05/2020 04:00

A cena chocou os brasileiros, mais ainda os fluminenses. Fila de viaturas da Polícia Federal se formou diante do Palácio Laranjeiras com homens fardados que se dirigiram à porta de entrada. Levavam mandado de busca e apreensão cujo alvo era a residência oficial do governador. De lá, saíram com documentos, computadores e celulares apreendidos.

Por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os agentes da Operação Placebo tinham por meta recolher provas do envolvimento de Wilson Witzel e da mulher, Helena Witzel, em fraudes ligadas ao combate do novo  coronavírus no estado. Miravam contratos emergenciais – dispensados de licitação devido à urgência das medidas para acolher as vítimas da COVID-19.

Entre elas, a construção de hospitais de campanha e a compra de equipamentos para aparelhá-los. Suspeita-se que o desvio tenha alcançado a cifra de R$ 700 milhões, de um total de R$ 850 milhões de recursos federais destinados ao enfrentamento da crise sanitária que castiga a população.

Evidências de corrupção têm merecido a atenção da mídia nacional há tempos. O Estado de Minas manifestou-se em editorial a respeito das irregularidades observadas em várias unidades da Federação. No caso do Rio, negócios suspeitos com organizações sociais inidôneas levantaram suspeitas. Entre elas, o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) e o Instituto Unir Saúde.

Hospitais contratados não foram entregues e outros itens apresentaram problemas. Escorreu pelo ralo da malversação do dinheiro público a soma de R$ 180 milhões. Mil ventiladores foram comprados e nem um trouxe ar para salvar uma vida sequer. Apenas 52 chegaram – todos inadequados para o fim a que se destinavam. Trata-se de um exemplo entre tantos atos suspeitos.

Não se deve ao acaso a prisão de autoridades e de empresário figurinha carimbada em falcatruas governamentais fluminenses. Também a primeira-dama figura entre os investigados, cujo escritório de advocacia tem contrato com empresa ligada ao esquema.

Wilson Witzel, eleito com a bandeira anticorrupção também hasteada pelo então candidato Jair Bolsonaro, é hoje adversário político do presidente. Ele acusa o ex-aliado de perseguição política e uso nada republicano da Polícia Federal. Lembra a deputada Carla Zambelli, que, em entrevista à Rádio Gaúcha, anunciou que a polícia investigava governadores.

Espera-se que as apurações e os fatos o contrariem. A independência das instituições do Estado é patrimônio da nação – não deste ou daquele hóspede do Palácio do Planalto.


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