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Coronavírus e a bolsa de valores


postado em 01/04/2020 04:00




Gustavo Vaz
Assessor de investimentos e operador de renda 
variável na Atrio Investimentos


A nova doença COVID-19 criou uma situação jamais vista ou esperada pela população brasileira. O efeito pandêmico deste mal levou governos a decretar o fechamento de lojas, estabelecimentos comerciais e empresas. Muitos, para não deixar a máquina produtiva parar, e logicamente tentar prevenir a proliferação da doença, optaram pelo trabalho de casa, mas é inegável que todos os setores, sem exceção, serão afetados de maneira negativa pelo vírus.

Empresas de análise e instituições financeiras pelo mundo inteiro tentam prever quais serão os efeitos da redução econômica nos meses por vir. Mas, de fato, o que se sabe é que tentar prever algo agora é quase um "tiro no escuro". 

O mercado financeiro trabalha na tentativa do alinhamento de expectativas do investidor com as necessidades que o mesmo possui quanto ao seu capital. Se o mesmo pensa em uma previdência para a sua aposentadoria ou comprar uma casa em 20 anos, precisa procurar pelo auxílio de um profissional que o ajude a encontrar os melhores investimentos para o momento econômico presente e futuro, sempre tendo em vista o perfil de risco do investidor.

O problema desse raciocínio é que ele se baseia em premissas concretas e às vezes previsíveis. Mas quando algo como o novo coronavírus surge, todo o planejamento é pego de surpresa. Não só o de uma pessoa, mas de todos os investidores do mundo.

Nesse momento, todos nós somos testados em nossa paciência e racionalidade, e na bolsa de valores não é diferente. Uma queda de aproximadamente 48% desde o último movimento de alta em janeiro de 2020 demonstra, justamente, o grau de aversão ao risco do investidor nesse momento extraordinário. A pergunta específica que fica na cabeça de cada um dos que ainda possuem ações de alguma empresa e está vendo o seu patrimônio diminuir a cada dia, é: "E agora, o que devo fazer?".

Para essa pergunta não existe uma resposta fácil e exata, mas existe um caminho a se considerar. Primeiramente, cada investidor deve definir quais são as prioridades em sua vida. O mais importante é definir a liquidez, ou seja, você dispõe de quanto capital para poder se sustentar durante o período. O capital voltado para a sua liquidez não pode estar envolvido com risco, logo não deve ser usado para o investimento em bolsa de valores.

Em um segundo ponto, é preciso avaliar quais são as empresas que você tem em seu portfólio de investimentos. A bolsa é um tipo de empreendedorismo, onde o dono do capital se torna sócio de uma empresa já existente, e que, teoricamente, já está consolidada. Como nem todas as empresas que estão na bolsa possuem uma perfeita gestão e eficiência, é importante entender a solidez daquelas que você tem na carteira. Este momento não é um momento de especular, e sim de cautela, com foco no longo prazo.

Momentos caóticos como esse já aconteceram dezenas de vezes no passado, como é o caso mais recente da crise mundial de 2008. Após essa data, o Índice Bovespa (IBOV) teve uma valorização de aproximadamente 63% para quem não vendeu os seus ativos, e uma elevação de cerca de 280% para quem comprou perto da mínima após a grande desvalorização.

Isso não demonstra uma certeza de que tudo voltará ao normal, mas demonstra um teste em relação ao valor que o investidor dá para a sua tranquilidade emocional. Se o mesmo não confia nas empresas que possui em sua carteira, e não consegue esperar o prazo de meses ou anos para essas empresas superarem esse momento ruim, o preço de sua tranquilidade é o valor do prejuízo assumido nas vendas de suas ações. Mas, por outro lado, aqueles que conhecem e confiam nessas mesmas empresas têm dois tipos de decisão a considerar: esperar que o tempo passe na expectativa da normalização do mundo ou aproveitar a grande oportunidade de aumentar o percentual de sua sociedade a um custo muito mais baixo, que jamais era esperado.


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