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Coronavírus e doenças reumáticas

Quem usa medicamentos imunossupressores, interferindo na resposta imune a infecções, deve ter maior atenção à prevenção


postado em 14/03/2020 04:00




Mariana Peixoto
Vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia

O crescimento paulatino dos casos de coronavírus é um alerta para autoridades, comunidade médica e população. A Itália é o país com maior número de infectados fora da Ásia, apresentando um cenário de medo com a rápida transmissão e o grau de letalidade, principalmente em idosos. A confirmação dos casos brasileiros acende outro alerta, desta vez entre as pessoas com doenças reumáticas, como lúpus e artrite reumatoide, entre outras.

As informações divulgadas pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) destacam que pessoas com algum nível de imunossupressão podem apresentar quadros infecciosos de maior gravidade e apresentar maior risco de contrair a doença. Quem usa medicamentos imunossupressores, interferindo na resposta imune a infecções, deve ter maior atenção à prevenção.

Primeiro, é preciso entender como o vírus se espalha. A transmissão ocorre pelo ar, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, facilitada por contato pessoal próximo ou por objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. A rápida transmissão compromete a contenção adequada da doença.

A recomendação para evitar a propagação é seguir os cuidados básicos indicados pelo Ministério da Saúde: lavar as mãos corretamente, ou seja, com água e sabonete por mais de 20 segundos, e/ou usar um desinfetante à base de álcool 70%; limpar objetos tocados com frequência, evitando tocar nos olhos, boca ou nariz sem as mãos limpas. Deve-se cumprir a “etiqueta respiratória”, sempre cobrindo o rosto com o braço ou um papel descartável ao tossir ou espirrar; lavar as mãos após cada um desses eventos, desprezar o papel utilizado para cobertura da face em local seguro.

As pessoas com doenças reumáticas devem evitar locais com aglomeração de pessoas, se possível realizar trabalho domiciliar, evitar viagens desnecessárias e realizar contato com o seu médico assistente para avaliar a necessidade de suspensão das medicações, como corticoides, imunossupressores sintéticos ou biológicos.

De modo geral, os medicamentos não devem ser suspensos se o paciente não apresentar sintomas, mas cada caso deverá ser analisado de forma individual. O reumatologista avaliará o caso, considerando o grau de imunossupressão e os riscos para a saúde com a interrupção da medicação. Nenhum medicamento deverá ser usado para prevenir ou tratar a infecção sem a indicação do especialista. A melhor estratégia é investir em prevenção, ou seja, evitar a exposição, até que a situação se acalme.

É essencial também para quem tem doença reumática prestar atenção a sintomas como febre, dificuldades respiratórias e tosse, semelhantes aos sinais de uma gripe, e agir rapidamente na presença desses. Mas a precaução não está restrita às pessoas com imunidade comprometida, e familiares, amigos e colegas de trabalho também devem estar atentos às recomendações, pois há casos de portadores assintomáticos ou que apresentam sintomas de forma leve que já apresentam transmissão viral.



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