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Estado de Minas EDITORIAL

Pior vírus: o medo

O preconceito ganha força graças à cegueira e à desinformação. Pessoas de origem asiática são vistas com desconfiança pela simples razão de ter traços orientais


postado em 03/03/2020 04:00

O Covid-19 é fato novo. Não estranha que cause apreensão e imponha cautela às autoridades e à população. Os veículos de comunicação sérios, comprometidos com a informação correta, têm prestado relevante serviço à comunidade.
 
Com base em dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por governos estrangeiros e o governo brasileiro, mantêm o cidadão ciente do real significado do mal que chegou aos cinco continentes: trata-se de uma gripe.
 
Talvez as medidas iniciais rigorosas tomadas pela China – país de origem do surto –, aliadas ao desconhecimento da evolução do vírus, tenham contribuído para a instalação do medo. É natural. Teme-se o desconhecido.
 
Mas, à medida que as pesquisas avançam, sabe-se que o Covid-19 é menos preocupante que o sarampo. Curiosamente, porém, longe de reduzir o temor, parece que o amplia e o dissemina. O fenômeno não ocorre só no Brasil. Espalha-se mundo afora.
 
A atuação técnica do Ministério da Saúde deixa claro que o país está preparado para enfrentar um possível avanço do coronavírus em território nacional. Agiu com eficiência e eficácia nos dois momentos em que foi posto à prova – na repatriação dos brasileiros da China e na detecção do Covid-19 em São Paulo.
 
Além do medo, o preconceito ganha força graças à cegueira e à desinformação. Pessoas de origem asiática são vistas com desconfiança pela simples razão de ter traços orientais. São mantidas a distância no transporte público, em restaurantes, cinemas.
 
Associar epidemias a determinado grupo étnico, a determinada nação ou a determinada comunidade não é inédito na história da humanidade. Vale lembrar caso recente. O HIV foi vinculado diretamente a homossexuais, fato que somou homofobia, medo e desinformação.
 
Talvez em nenhum outro tema a informação correta seja tão importante. A disseminação de fake news pode acarretar uma corrida aos hospitais e levar ao colapso o sistema de saúde pública. Gerar-se-á um caos cujo resultado será perda de vidas presentes e futuras. É importante checar dados repassados pelas mídias sociais e confrontá-los com os dados oficiais. Na dúvida, o bom senso manda ignorar.


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