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Sinal verde para o setor automotivo


postado em 24/02/2020 04:00

Rodnei Bernardino de Souza
Diretor do Itaú Unibanco

Após a maior crise já enfrentada pelo mercado nacional, o setor automotivo vem se destacando em um momento de recuperação econômica e tem deixado para trás as dificuldades vivenciadas em meados de 2015. Nos últimos anos, os brasileiros voltaram a poder trocar de carro ou adquirir seu primeiro automóvel com mais tranquilidade.

Números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostram que o segmento registrou, em dezembro de 2019, a maior média diária de vendas de veículos dos últimos seis anos, com 13.173 unidades. Os dados de recuperação são reforçados por levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que aponta um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior na venda de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, sendo o melhor ano em vendas de novos veículos desde 2014.

Tal recuperação é suportada por uma alta ainda superior no mercado de financiamento para pessoa física, de 20% até novembro de 2019, de acordo com o Banco Central (BC). O movimento é resultado de uma soma de fatores, entre eles o cenário de baixa inflação e taxa de juros menor para os clientes. Ainda segundo o BC, a taxa de juros média para a aquisição de um veículo no Brasil caiu de 1,71% ao mês para 1,49% ao longo de 2019.

Tudo isso gera um aumento natural de confiança da população para trocar de carro, seja por um zero ou usado, e mostra que havia uma demanda reprimida para que esse público consumisse mais, suportada pelo crédito.

A onda positiva impacta não apenas pessoas físicas, mas também pessoas jurídicas, que têm à disposição valores ainda mais atrativos no processo de venda direta da montadora para o cliente final. Nesse contexto, segundo o Banco Central, o crédito para compra de veículos foi a modalidade que mais cresceu para pessoas jurídicas em 2019, registrando alta de 80%.

Na prática, isso significa que se a economia melhora, empresas como as de locação encontram a oportunidade de trocar parte de seus veículos por novos e transportadoras podem renovar sua frota de caminhões em setores como o do agronegócio, por exemplo, que reage rapidamente à alta do PIB. Esses são apenas alguns dos bons exemplos.

Todo esse cenário impulsionou a oferta de crédito para veículos, que deve continuar acelerando em 2020, ainda que de forma um pouco mais moderada, caso se mantenham as quedas gradativas do desemprego e, consequentemente, da inadimplência. Projeções da Fenabrave indicam um crescimento de 9% nas vendas de carros e comerciais leves novos, 24% para caminhões e 16% para ônibus.

Ainda que não alcancemos o mesmo patamar de crescimento visto em 2019, que foi um período mais intenso de recuperação para o setor, acreditamos que o farol seguirá verde para que a população possa ter um carro novo na garagem.


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