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Estado de Minas

A ascensão da mulher em cargos de liderança

Os homens ainda ocupam 58,9% dos cargos executivos dentro das corporações


postado em 21/11/2019 04:00

Melina Alves
CEO e fundadora da DUXcoworkers, especialista em usabilidade e arquitetura da informação

As mulheres caminham a largos passos rumo ao desenvolvimento de um ambiente de trabalho que favoreça a competência, a colaboração, a especialização e a transparência, valores que se tornam cada vez mais fundamentais para a sobrevivência da liderança no trabalho. Recente estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que a presença feminina em cargos executivos é um dos fatores que contribuem para maior desempenho e lucratividade das empresas, já que de 75% das que optaram por mulheres no comando, cerca de 5% a 20% tiveram um aumento considerável nos lucros.
 
Mas, mesmo sensíveis à diversidade e tão ou mais capacitadas que os homens, a resistência à liderança feminina, infelizmente, ainda é um obstáculo na maior parte das empresas. Os números ratificam a afirmação de que a competência feminina é amplamente ignorada. Segundo dados do IBGE, os homens ainda ocupam 58,9% dos cargos executivos dentro das corporações e, quando tais posições são das mulheres, a remuneração recebida é aproximadamente 20% menor.
 
O curioso – e preocupante – é que essa discriminação também vem do público feminino. Não é raro encontrarmos mulheres que endossam tal discurso, atacando profissionais e executivas por serem mães, por exemplo. Cuidar da família e criar os filhos é considerado uma responsabilidade quase que exclusivamente materna e incompatível com o mercado de trabalho. Ascender no organograma empresarial, ocupando cargos de liderança, é também visto por muitas mulheres como um abandono às responsabilidades domésticas e familiares.
 
É preciso derrubar esse arquétipo patriarcal de que a mulher é cuidadora e o viés inconsciente de que o homem nasceu para liderar. As empresas precisam promover a colaboração, a integração entre as pessoas e ter a liderança exercida pela competência, e não mais pelo gênero. Há um imenso potencial criativo que está à margem do mercado ou é mal aproveitado nas empresas.
 
É passada a hora de sermos agentes ativos dessa transformação, abrindo espaço para quem realmente quer fazer a diferença. Só compreendendo as nuances da atualidade nos livraremos do preconceito e nos tornaremos capazes de desenvolver um mercado amplamente competitivo e uma nação que cresce por inteiro e de forma consistente. Pessoas com olhares distintos trazem soluções plurais. O tempo da simpatia passou. É hora de sermos empáticos.


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