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Posso me vacinar com câncer?

As vacinas agem estimulando o sistema imunológico para combater doenças infecciosas


postado em 19/10/2019 04:00



Adolfo Scherr
Graduado em medicina pela Escola  Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia                    de Vitória (Emescam)
 
 
Em outubro, é comemorado o Dia Nacional da Vacinação, uma data criada pelo Ministério da Saúde com a finalidade de ressaltar a importância da vacina no controle de doenças e na prevenção de epidemias.

Quando uma pessoa é diagnosticada com câncer, a prioridade é o tratamento da doença e, durante esse período, o paciente pode ter dúvidas sobre o que pode e o que não pode fazer. Tomar ou não uma vacina é uma delas.

As vacinas agem estimulando o sistema imunológico para combater doenças infecciosas, tornando o indivíduo imune às mesmas. O objetivo das imunizações é estimular o organismo a produzir anticorpos contra determinados germes, principalmente bactérias e vírus. O nosso sistema imunológico cria anticorpos específicos sempre que entra em contato com algum germe. Portanto, para que uma determinada vacina tenha sucesso, é necessário que nosso sistema imunológico esteja funcionando bem. Pacientes oncológicos podem ter seu sistema de defesa funcionando de forma ineficaz, tanto pela doença quanto pelo tratamento empregado, como, por exemplo, a quimioterapia.

Há diferentes tipos de vacinas. As chamadas vacinas atenuadas – como o próprio nome indica – são fabricadas com formas enfraquecidas ou atenuadas do agente etiológico de certa patologia: vacina contra sarampo, rubéola, varicela, febre amarela, herpes-zóster, poliomielite, rotavírus e BCG. Outras vacinas são feitas de micro-organismos mortos, toxinas ou proteínas de micro-organismos (gripe, hepatite A, hepatite B, HPV, pneumonia).

As vacinas atenuadas têm o potencial de causar a doença a qual foram designadas a proteger se o organismo no qual forem inoculadas também estiver enfraquecido, ou seja, se o sistema imunológico do receptor da vacina não estiver forte o suficiente para formar uma resposta e memória imunológicas. Pacientes oncológicos – em especial os que estão em tratamento de quimioterapia – devem evitar tomar essas vacinas, pois seu sistema imune pode estar "enfraquecido". O mesmo vale para pacientes transplantados. Em contrapartida, a menos que se tenha uma recomendação médica específica, pacientes em tratamento oncológico podem ser imunizados com as vacinas feitas de micro-organismos mortos, toxinas ou proteínas, como, por exemplo, a vacina contra gripe.

Pacientes que já terminaram o tratamento quimioterápico há mais de três meses, os que estão em seguimento sem evidência de doença ou aqueles que estejam recebendo tratamento hormonal (como em muitos casos de pacientes com câncer de mama e próstata), a princípio podem se vacinar normalmente com qualquer tipo de vacina, desde que comuniquem ao seu oncologista.




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