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Algemas de ouro

Esse tipo de líder não aceita coaching e, quando aceita, está fingindo


postado em 17/10/2019 04:00

Eliana Dutra
CEO da ProFitCoach, master certified coach pela ICF e sócia-fundadora do Grupo Nikaia

Há um tipo de líder maravilhoso, bom comunicador e envolvente, que quase todos gostam, mas que é muito pernicioso para qualquer organização. Ele é só aparência. Quando olhamos de perto, não só o que ele fala, mas como age, notamos que, na prática, seu comportamento é errático, muda conforme a maré e nem o seu discurso é verdadeiramente coerente. Infelizmente, esse é um perfil ainda pouco estudado nas organizações porque, como é sedutor, muita gente gosta dele.

Estamos vivendo no âmbito governamental uma situação semelhante. A personalidade polêmica de um capitão se apresentando como a única solução viável para o atual cenário do país ajudou o atual presidente a alcançar o poder. Porém, esse estilo não tem sido eficaz em sua gestão. Recente pesquisa do Instituto FSB aponta que a maioria das pessoas não está satisfeita com o comportamento dele no governo, com sua insistência em impor algumas pautas controversas e, principalmente, com declarações polêmicas e até desrespeitosas, mas continuam "confiando" nele. Isso porque o discurso seduziu os eleitores e, agora, ao assumir o cargo de liderança máxima do país, seu comportamento não agrada. Então, por que continua alto o seu grau de apoio?

Quando o cenário é esse a organização fica na posição de vítima. É como a mulher agredida pelo marido. Ele bate nela, no dia seguinte pede desculpas, diz que a ama, que não vai fazer outra vez. Mas logo volta a repetir o mesmo comportamento agressivo. E ela não consegue ir embora porque imagina que ele a ama. Mas ele só pensa nele, nem sabe o que é amar.

Numa corporação, alguns líderes adotam essa postura. Por um lado, humilham, assediam moralmente; por outro, quando percebem que foram longe demais, dão um aumento ou um prêmio, como liberar parte do FGTS. Dessa forma, o colaborador fica enredado, seduzido. São algemas de ouro, me disse certa vez um cliente, ou seja, o colaborador sofre e não consegue se desligar, mas o clima organizacional fica tenso e pouco produtivo. Tudo roda em torno do ego daquele sujeito. 

Esse tipo de líder não aceita coaching e, quando aceita, está fingindo. Ele não muda porque não quer mudar. Como coach, posso afirmar que alguém com tal postura pode ser um caso de falta de caráter ou patológico. Seja o que for, não vai mudar e sua permanência arrisca não só a produtividade, mas o futuro da organização, às vezes para sempre.

Então, na corporação, cabe ao conselho administrativo não se deixar contaminar pela "sedução" e expurgar rapidamente esse líder que acaba com a produtividade. E no país? O que nos cabe fazer?


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