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Inclusão social no Setembro Verde


postado em 19/09/2019 04:00

Ângela Mathylde
Psicopedagoga e organizadora do Brain Connection 2019

A campanha Setembro Verde, inspirada pelo Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, marca a busca por inclusão social de pessoas com deficiência e abre espaço para uma discussão importante: o que fazer para garantir uma sociedade mais inclusiva?. Na Universidade da Carolina do Norte (EUA), profissionais da área da arquitetura descobriram uma boa solução. Trata-se do conceito de desenho universal, desenvolvido para definir projetos de produtos, ambientes e serviços que possam ser usados por todos, na sua máxima extensão possível, sem necessidade de adaptação ou especialização para pessoas com deficiência. 

O americano Ron Mace, arquiteto cadeirante e que usa um respirador artificial, criou o termo desenho universal. Ele acredita que isso não seria uma nova ciência, mas, sim, a percepção da necessidade de aproximação das coisas que projetamos e produzimos à realidade de todas as pessoas. O objetivo é que a pessoa com deficiência possa transitar em qualquer ambiente ou alcançar, manipular e usar qualquer produto, independentemente do tamanho da pessoa, sua postura ou sua mobilidade. Em vez de, por exemplo, usar maçanetas do tipo “bola” em espaços públicos, é possível implantar a maçaneta do tipo “alavanca”, podendo ser empurrada e, não necessariamente, girada com as mãos.   

''A pessoa com deficiência tem dificuldade em lidar com situações como falta de mobilidade, acesso a emprego, moradia e o preconceito, que, ainda, é bastante enraizado na sociedade''



A pessoa com deficiência tem dificuldade em lidar com situações como falta de mobilidade, acesso a emprego, moradia e o preconceito, que, ainda, é bastante enraizado na sociedade. Se essa pessoa adquire um produto ou vai a um ambiente em que se sinta incluída, podendo desfrutar de tudo que é oferecido e percorrer um lugar por conta própria, é motivo de muita alegria. 

É preciso conscientizar sobre a  importância da inclusão como prioridade para o desenvolvimento de projetos e instigar as pessoas a se questionarem: “O produto que estou fazendo ou o ambiente que estou construindo é acessível?”. Afinal, mesmo o debate sobre inclusão sendo uma discussão antiga e tendo os direitos garantidos por lei, não raro as pessoas com deficiência nem sequer conseguem entrar em alguns locais por falta de rampas.

Além do grande impacto com essas dificuldades, também há ainda as questões psicológicas. É muito difícil viver às margens da sociedade, muitas vezes dependendo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Surgem empecilhos na vida social e no cotidiano, mas principalmente na mente e na autoestima do indivíduo. Lidar com os desafios da deficiência se torna mais fácil vivendo em um ambiente inclusivo e acolhedor, preparado para lidar com as diferenças. 
É dever de cada cidadão fazer o máximo para garantir a inclusão das pessoas com deficiência. O Setembro Verde dissemina a discussão sobre inclusão e ainda incentiva a população a incorporar esses princípios no cotidiano para garantir, de fato, os direitos das pessoas com deficiência. O verde não está somente no nome, mas também na esperança que cada pessoa com deficiência carrega em viver cada dia para, num futuro próximo, conferir uma sociedade mais igualitária e justa.


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