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Estado de Minas EDITORIAL

Amazônia: ação substitui palavras

Meio ambiente é assunto transversal. Implica a ação de diferentes setores para chegar ao objetivo desejado


postado em 24/08/2019 04:00









“A mulher de César não basta ser honesta. Ela precisa parecer honesta.” O dito vem à tona em razão dos debates em torno dos focos de incêndio que sobressaem na floresta amazônica. Diferentes versões sobre a extensão do território atingido pelo fogo criaram um clima de desinformação que beira a histeria. Imagens antigas – algumas nem sequer do território nacional – ganharam espaço nos cinco continentes.
 
Líderes mundiais e celebridades de Hollywood se manifestaram sobre o assunto. O presidente francês, Emmanuel Macron, incluiu o tema na pauta da cúpula do G7, grupo que reúne as sete maiores economias das nações desenvolvidas do planeta, que se reúne na França neste fim de semana. A chanceler alemã, Angela Merkel, apoiou a decisão. A Finlândia, que detém a presidência rotativa da União Europeia, pediu que os países-membros avaliem a possibilidade de banir a carne bovina brasileira devido à devastação causada pelas queimadas na Amazônia.
 
A Irlanda ameaçou votar contra o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia se o Brasil desrespeitar “compromissos ambientais” assumidos nas negociações acertadas depois de duas décadas de idas e vindas. O secretário-geral da ONU, António Guterrez, salientou a necessidade de proteger “o pulmão” do mundo (mostrou ignorância sobre o papel da floresta). A presidente da Assembleia Geral da ONU afirmou estar preocupada com os incêndios florestais e cobrou ações urgentes. Manifestações populares ocorreram no exterior diante da embaixada brasileira.
 
Ante cenário tão conturbado, o Palácio do Planalto respondeu não mais com palavras, mas com ações. Fez bem. Meio ambiente é assunto transversal. Implica a ação de diferentes setores para chegar ao objetivo desejado. A ordem: o que cada um pode fazer na sua área. O presidente promoveu reunião de emergência com oito ministros e montou um gabinete de crise para tratar do tema. Em edição extra do Diário Oficial publicada na noite de quinta-feira, determinou que as pastas adotem “medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia Legal”. Não só. Bolsonaro autorizou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para uso das Forças Armadas no combate ao fogo. E planeja reunir os governadores da região para articular iniciativas comuns.
 
São movimentos, entre outros, capazes de “baixar a temperatura”, como diz a ministra Teresa Cristina. Ela lembra que as queimadas não constituem novidade na floresta. Ocorrem regularmente em períodos de estiagem. Este ano, a seca tem sido mais rigorosa. Daí o agravamento das ocorrências. É importante a ação efetiva das autoridades até para lutar contra a desinformação. Vale lembrar que Macron publicou foto cujo autor morreu em 2003 como se fosse atual. Gisele Bündchen e Leonardo DiCaprio caíram no mesmo erro. Cristiano Ronaldo exibiu imagem que nem sequer retrata a floresta brasileira. A ação do governo, ao apresentar fatos, mostra até onde a mulher de César é honesta.



Frases

"Lembre-se do dever de lealdade 
e gratidão que temos com 
o prefeito Kalil"

.Ciro Gomes, ex-ministro e principal cabo eleitoral do PDT, em apoio à reeleição do prefeito Alexandre Kalil (PSD) no pleito do ano que vem
  

"Estou seguro de que o PL da Autonomia garante blindagem ao BC e à UIF"

. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), agora denominado Unidade de Inteligência Financeira (UIF), para a gestão da autarquia
 


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