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Só trocando e mudando tudo


postado em 08/07/2019 04:05

Mudar, trocar. São os dois verbos mais conjugados nos últimos anos. Os anos em que o país foi assaltado, furtado, roubado, espoliado por governantes corruptos e que permitiam e incentivavam a corrupção. Em que o povo brasileiro perdeu empregos, empobreceu, endividou-se, junto com o comércio que fechou as portas, junto com as empresas industriais, as grandes e as pequenas, que faliram, fecharam seus galpões, ou se mudaram para mercados mais promissores e equilibrados.

O Brasil precisa mudar, foi o tema de meu último artigo, de 1º de julho, replicando o do arcebispo metropolitano de BH, dom Walmor. O que levou uma pessoa, em e-mail, a acrescentar ao texto que a mudança, a troca, só daria certo se fosse a do povo brasileiro, que vota mal, que escolhe mal seus governantes nas áreas federal, estadual e municipal, seus senadores, deputados, vereadores, e que não protesta, não contesta, a não ser os grupos ideológicos radicais, raramente por nobres razões.

O que aconteceu no correr da semana em que o artigo foi publicado confirmou a tese e o uso necessário que se cobra do emprego dos dois verbos.

No âmbito do Legislativo, o comportamento amolecado de parte dos deputados federais que participavam de um encontro com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ex-juiz responsável, no foro de Curitiba, pela operação denominada Lava-Jato, aquele que puniu políticos desonestos de todos os partidos, entre eles um ex-presidente da República, o hoje presidiário Lula da Silva.  

Moro, um homem público culto, educado, austero, honesto, e bastante calmo e controlado, atendeu a uma convocação da Câmara, como já havia atendido à do Senado, para expor seu pensamento sobre supostas gravações feitas por uma empresa internacional, The Intercept, que estão sendo divulgadas pelos que foram ou que poderão ser punidos. Sua tranquilidade, sua educação não foram correspondidas por deputados dos partidos ditos de esquerda. Grosseiros, mal- educados, amolecados, agrediram o ministro depoente com palavras de baixíssimo e impublicável calão. Uma vergonha. Conclusão: só mudando, só trocando os moleques.

E esclarecer é preciso: a gravação que o The Intercept, em troca de milhões de dólares roubados, forneceu aos que encomendaram o serviço sujo caiu por terra, evaporou sua possível credibilidade, com os  comprovados erros de nomes, datas, e outros, nos textos publicados. Seus (ir)responsáveis confessaram, para justificar, que não se tratava de transcrição literal do que foi  hackeado das fitas, mas resumos feitos por seus hackeadores... Ou seja, sujeitos a adaptações e a falsificações. Prova provada do crime que cometeram e da falta de credibilidade do que eles divulgaram.

No Legislativo, além dos xingadores, inclua-se na necessidade de mudança os que  tudo fazem para impedir e truncar a votação da reforma da Previdência. Há mais de seis meses ela foi encaminhada ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pelo presidente Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia prometeu votá-la em três meses, depois em cinco, em seis. Promessa não cumprida. O grupo parlamentar chamado Centrão, que tem Rodrigo Maia como líder absoluto, tumultuou, retardou e deturpou o texto original. Com o apoio de alguns retardados governadores nordestinos e a omissão conivente de Maia, modificaram o conteúdo de dezenas de itens  e excluíram estados e municípios – muitos já quebrados por compromissos previdenciários acima de sua capacidade financeira – da nova Previdência.

Mudar será preciso, também, na área da comunicação. Até trocar de canal de TV. É o que a transmissão do jogo Brasil e Argentina (nós vencemos!) sugere. Uma emissora  carioca, que perdeu mordomias federais, fez boa cobertura do bonito espetáculo esportivo. Mas escondeu, o que pôde e o que não poderia, a presença, no Mineirão, do presidente da República, Jair Bolsonaro, que entrou no campo, foi aplaudido pelos torcedores e acusado, depois do jogo, pelos argentinos, de ter incentivado a nossa Seleção, o que a levou à vitória. Lamentável uma rede de TV prejudicar, por antipatia ou revolta, uma cobertura jornalística. As redes sociais, no dia seguinte, condenaram a atitude dos donos da TV e mostraram o presidente no campo, aplaudido pelos torcedores com o grito de "Mito! Mito!". Foi vaiado por meia dúzia. A vaia foi destaque na  TV no dia seguinte, e ressaltada por comentaristas sem escrúpulos.

Um vereador, Fernando Borja, protesta nas redes sociais contra o que a Secretaria de Cultura e o prefeito de BH estão fazendo e gastando na criação, na Rua Guaicurús, de um  "Museu do Sexo e das P....."  (prostitutas, para evitar a forma chula). Se querem mesmo criar, por que não um nome menos agressivo, como "Museu da Zona Boêmia", como a região era conhecida há 90 anos?  Nunca com o dinheiro do nosso IPTU, mas com doações particulares, como se faz no mundo civilizado. Borja, revoltado, diz que a verba gasta no tal museu melhor seria empregada em construção e reforma de escolas, creches, hospitais, asilos. Tem razão. Mas, ilustre vereador,  só mudando as mentes simpáticas à pornografia, e os donos das mentes...

Com tanta mudança, é de indagar: Bolsonaro entra também no rol das trocas necessárias? Lógico que não, muito antes pelo contrário. Pois é ele, e seu governo, que estão promovendo as trocas e mudanças que, se deixarem, vão recolocar o nosso país no caminho da seriedade, da correção, da prosperidade. É o que todos nós esperamos.


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