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Cultura e o desenvolvimento humano, social e econômico


postado em 14/04/2019 05:06

A cultura é fator essencial de desenvolvimento humano, social e econômico. Suas atividades mobilizam extensas cadeias produtivas e ativam diversas áreas, como turismo, serviço e comércio.
A produção de óperas insere-se nesse contexto como um dos setores criativos que mais geram oportunidades de trabalho e negócios, mobilizando diversas áreas, como a artística e a de tecnologia cênica, além dos espaços culturais.
O poder propulsor das montagens operísticas é reconhecido, mundialmente, há décadas, e grandes investimentos são realizados em temporadas anuais de ópera. Para se ter uma ideia, somente a Ópera de Paris investe 195 milhões de euros, por ano, em seus espetáculos operísticos; no Teatro Real de Madrid, o valor chega a 45 milhões de euros, e no Metropolitan Opera House de Nova York, o investimento é de US$ 200 milhões. Em todos esses teatros, o retorno à sociedade do ponto de vista cultural não tem preço, fora o envolvimento na economia do setor.
No Brasil, temos experiências exitosas na área operística. Segundo a Ópera Latinoamerica (OLA), entidade que atua em rede no setor, o Festival Amazonas de Ópera é um exemplo de como um projeto cultural pode impactar a economia local. Segundo a OLA, o festival criou uma agenda turística na região, inclusive com cruzeiros internacionais, fomentou a rede hoteleira com o surgimento de sete hotéis, e o entorno do teatro com restaurantes e cafés. O comércio e serviço também foram promovidos com a criação de lojas de instrumentos e equipamentos de áudio, lojas de tecidos e empresas de marcenaria e serralheria, além da formação de profissionais.
Belo Horizonte tem enorme vocação e tradição nas produções operísticas, com público interessado, excelentes profissionais e uma produção representativa há muitos anos, por meio das temporadas de óperas e operetas que se iniciaram no Teatro Francisco Nunes e chegaram até a Fundação Clóvis Salgado. São inúmeras montagens ao longo da história da FCS, com forte impacto social e econômico.
O Elixir do amor, ópera bufa de Gaetano Donizetti, é a 86ª ópera a ser produzida pela Fundação Clóvis Salgado desde a inauguração do Grande Teatro do Palácio das Artes, em 1971. O espetáculo será apresentado no Grande Teatro do Palácio das Artes este mês, com a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais. Na sua produção, a Fundação Clóvis Salgado mobiliza, diretamente, mais de 250 profissionais, entre artistas e técnicos. Há um conhecimento especializado e materializado no Centro Técnico de Produção e Formação da FCS e ainda a prestação de serviços de logística, segurança, limpeza e recepção que mobiliza cerca de 60 pessoas. Tudo isso sem contar as atividades indiretas no comércio, hotelaria, alimentação e transporte, entre outros. É a economia da cidade que gira em uma extensa e diversa cadeia.
A arte é o momento do encontro, uma atividade de utilidade pública. A cultura é que nos dá identidade. Mas é preciso reconhecer a dimensão da cultura como geradora de atividades econômicas e de enorme potencial. Por isso, deve estar na centralidade das políticas de desenvolvimento local e regional, nunca deixando de ser uma prioridade de todos.


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