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Jogos virtuais na formação humana


postado em 23/03/2019 05:08

Semana passada, fomos surpreendidos com o ataque a uma escola em Suzano (SP) que resultou na morte de oito pessoas. Os dois responsáveis cometeram suicídio logo em seguida, causando dúvidas sobre os motivos que os levaram a essa atrocidade. Entre eles, um jovem de 17 anos que, aparentemente, tinha afeição por jogos violentos. Nesse contexto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que "hoje a gente vê essa garotada viciada em videogame. E videogames violentos, só isso que fazem". Assim, tivemos declarações de especialistas e celebridades compactuando ou refutando essa opinião.

Podemos afirmar, no campo da educação, que apesar de a formação humana sofrer influencias de jogos virtuais, por exemplo, ela vai além, sendo os familiares os primeiros responsáveis pela aprendizagem e desenvolvimento pleno do sujeito (emocional, cognitivo, social, entre outros aspectos) e, posteriormente, a escola (ou concomitantemente).

Vale destacar que os jogos violentos estão causando o efeito de distorção do que é socialmente correto e errado ou, ainda, o jovem já tem essa distorção em sua formação e está vendo os jogos como extensão de sua vida. Compreendemos que o núcleo familiar, independentemente da composição, ajuda na definição dos comportamentos, do caráter e das emoções, ainda que não seja o único meio de formação dos sujeitos. Nesse contexto, está a escola, que tem como função social a transformação do ser humano em ser humanizado, ou seja, com comportamentos e conhecimentos necessários para a convivência em sociedade. E isso nos traz questionamentos: em qual sociedade vivemos? Quais cidadãos formaremos?.

A sociedade atual, do século 21, já estava prevista para ser portadora de grandes avanços tecnológicos, os quais não irão retroceder. Contudo, é preciso compreender que os cidadãos devem saber lidar com as tecnologias, mas também acreditamos que família e escola precisam se unir para amparar, desde a infância, esses sujeitos.

Pensando no caso de Suzano, antes de culpar os jogos precisamos investigar como isso chega até a criança ou adolescente e por que o sujeito se atrai tanto por eles. Geralmente, trata-se de um refúgio ou um hábito criado dentro das relações familiares. Por isso, esse primeiro vínculo é importante na formação humana, podendo reforçar comportamentos do seu núcleo ou refutá-los, mas, de qualquer forma, será determinante em sua vida social, emocional e comportamental.

A família precisa retomar o controle sobre a educação de suas crianças e adolescentes e compreender que seu papel é fundamental na formação. A escola, por sua vez, precisa contribuir para a educação desses jovens, para que tenham consciência do uso correto das tecnologias como aliadas, um meio de facilitar estudos, aprendizagem e o aumento de performance. Os próprios videogames podem ser utilizados para ajudar no desenvolvimento de habilidades cognitivas, tais como percepção visual, auditiva, memória e atenção, entre outras.

O que concluímos é que em vez de culpar os jogos e as tecnologias de forma geral pelos novos comportamentos, sobretudo os de violência, precisamos educar os cidadãos do século 21 para utilizá-las de forma positiva. Isso precisa ser feito tanto pela família, considerando os aspectos morais, culturais e afetivos, quanto pela escola, que tem a função social de caráter formativo, considerando os aspectos atitudinais e, principalmente, científicos.


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