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Mais negócios, menos ideologia

Bolsonaro e Trump devem levar adiante uma agenda ambiciosa, que resulte em mais crescimento e emprego para os dois lados


postado em 17/03/2019 05:10

Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos se encontram nesta segunda-feira com uma pauta extensa de interesses dos dois lados. Nada mais natural em se tratando das duas maiores economias das Américas. Comércio, tecnologia, Venezuela, segurança, turismo devem ser os temas dominantes das agendas. A expectativa é grande. Será o primeiro encontro bilateral no exterior de Jair Bolsonaro.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil. A qualidade das exportações brasileiras para a maior economia do planeta é excepcional. Mais de 60% dos produtos embarcados para lá são manufaturados, de alto valor agregado. Em 2018, as vendas para os norte-americanos totalizaram US$ 28,7 bilhões, um recorde. Tais indicadores só confirmam o quanto os EUA são estratégicos para o Brasil. Isso não quer dizer, porém, que Bolsonaro deve ter uma postura de subserviência em relação ao presidente norte-americano, Donald Trump, um de seus ídolos. Por mais que se reconheça o poderio da locomotiva do mundo, o brasileiro deve ser firme em suas posições.

O Brasil pode – e deve – ser um grande aliado dos EUA, desde, claro, que essa relação seja de ganha-ganha, ou seja, vantajosa para os dois lados. Não existe relação profícua em que apenas um lado contabiliza ganhos. O Brasil tem muito interesse em abrir o mercado norte-americano para a carne bovina. Também acalenta o fim da exigência de vistos para brasileiros entrarem na terra do Tio Sam. O governo dos EUA, no entanto, se mostra resistente a esses temas, assim como Trump não demonstra interesse em sinalizar preferência pelo Brasil no processo de adesão à Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne as economias mais ricas do globo. Certamente, os EUA estenderão as mãos para alguns pleitos brasileiros. As principais multinacionais norte-americanas têm planos para ampliar os negócios no país, e querem contrapartidas. Os Estados Unidos têm um estoque de investimentos no Brasil de US$ 87 bilhões, atrás apenas da Holanda. Estão em áreas de ponta, mas sabem que os concorrentes chineses estão chegando com tudo. O momento, acreditam empresários dos dois lados, é especial e não deve ser pautado pela ideologia. Bolsonaro e Trump devem levar adiante uma agenda ambiciosa, que resulte em mais crescimento e emprego para os dois lados. O Brasil caminha para uma economia mais liberal, e a abertura comercial está entre as prioridades do governo. Os EUA precisam de um parceiro forte na região.

Os objetivos, portanto, são convergentes. Resta esperar pelos resultados do aguardado encontro. O Brasil não pode desperdiçar oportunidades. Os Estados Unidos são apenas o ponto de partida para uma nova postura do país perante o mundo. Oitava economia do planeta, o Brasil precisa ocupar o seu espaço, não como coadjuvante, mas como um dos atores principais. Bolsonaro não pode falhar nesta missão.


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