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Procuram-se estadistas

A extrema capacidade de solucionar conflitos é o que faz a separação entre os governantes medíocres e os estadistas


postado em 19/02/2019 05:07



Todo grande estadista deve ter como principal virtude ser um excelente administrador. E para exercer essa excelência, ele deve aprender a separar o que é importante do que é vital. Esta é a suprema arte de saber priorizar. Evidenciada na sagacidade de fazer as perguntas certas. Para que, através delas, sejam obtidas as respostas adequadas na solução de todos os problemas comuns ao cargo. Pois, a extrema capacidade de solucionar conflitos é o que faz a separação entre os governantes medíocres e os estadistas. Cuja preocupação primordial é nunca ser injusto com as demandas do seu povo. E aí reside o principal entrave à nação brasileira. Pois a principal injustiça que persiste no país é a ausência de oportunidade geral e irrestrita de muitos de se fazer na vida.

  No entanto, oportunidade geral e irrestrita não pode ser confundida com padronização de resultados iguais. Pois, é lógico que as pessoas são diferentes entre si. E devido a distinção das capacidades pessoais, os resultados obtidos nunca serão iguais. Aliás, sobre isso, já falou, sabiamente, há muito tempo, o sociólogo Max Weber: "A justiça que força a produção de resultados iguais cometerá sempre a injustiça de castigar os mais bem-dotados". E essa é uma das principais explicações para o fracasso das ideologias comunista e socialista na história humana.

  Daí a precípua importância de a formação escolar de qualidade estar disponível para todos, desde a infância. Por isso, a existência do ensino fundamental e médio eficientes é primordial. Pois, só assim, todos terão semelhantes oportunidades iniciais. Sendo esta a tarefa primeira de todo estadista sério e compromissado com seus cidadãos. Pois trata-se de um dos pontos capitais na verdadeira democracia social.

 Além disso, também cabe ao estadista gerir bem as áreas da saúde, educação e segurança. Sem descuidar do controle das contas fiscais. Evidenciando, nesse agir, não ser atribuição governamental ter empresas para ser indutor de crescimento econômico. Pois, justamente para assumir esse papel e o risco inerente à atividade existe o setor privado. Cujo desempenho será recompensado com o lucro, gerador de dividendos, ou prejuízos, que acumulados decretam falência. Bastando, portanto, ao governo se ater ao equilíbrio administrativo de suas funções essenciais.

  Pois, o século 21 é o do liberalismo social, ou seja, do liberalismo com responsabilidade humanitária. E, por isso, o governo deve prover gratuidade de atendimento na área de saúde apenas para as camadas de baixa renda. A fim de que seja constituído um sistema de saúde realmente eficiente, funcional e humano. Abrigando as camadas mais bem remuneradas em empresas privadas. Pois, só dessa forma, tornar-se-á viável o sistema nacional de saúde em um país continental como o Brasil. Cujo contingente de pacientes carentes, ainda assim, é gigantesco.
 
 A mesma mentalidade deve ser aplicada na área da educação, facultando a entrada nas universidades federais preferencialmente, aos melhores alunos das camadas menos favorecidas. E se não vedando o acesso aos alunos, cujos pais tenham melhor condição financeira, pelo menos favorecendo só aos estudantes mais brilhantes desse extrato social. Pois justiça educacional começa quando se direciona os mais abonados para pagar por sua educação. Afinal, o governo deve sempre priorizar os mais carentes. Denomina-se esse procedimento de tentativa de equalizar oportunidades iniciais de vida. Quem pode, então, paga. Quem não pode, sendo capacitado, estuda de graça. O resto é mimimi de um país que acostumou a tirar da boca de quem passa fome para suprir quem sempre teve mais do que o suficiente.

  Já a segurança é área chave. Pois dela depende todas as outras. Afinal, é responsável por parte da paz social, além de ser a vitrine para atração de capitais externos. E, hoje, o Brasil necessita, urgentemente, dessas internalizações para reconstruir o mercado de trabalho e gerar riqueza para o país. No entanto, nenhum investidor se propõe alocar seu capital em locais onde a insegurança predomina. Portanto, para contornar tais entraves, se faz necessário ter leis rígidas e de real aplicação. Pois, a ausência de punições aos contumazes infratores degrada qualquer sociedade. Por isso, urge o efetivo combate à criminalidade ter em sua retaguarda, além do amparo legal, inteligência corporativa. Pois nenhum soldado se prontifica a ir para guerra sabendo estar destituído de apoio às suas ações de combate. E, sem essas garantias, o que se vê é o predomínio do caos, em cujo ambiente prolifera o crime organizado. Adversário implacável ao desenvolvimento sustentado do país.

  Por tudo isso, a nação necessita, desesperadamente, de estadistas que compreendam a vital importância da boa administração. Pois, sem eles, o país vai permanecer marcando passo. Enquanto a concorrência internacional cresce e ocupa todo o espaço que por direito deveria ser desta nação. Por tudo isso, o sofrido Brasil se aflige a procura de estadistas que lhe mudem a sorte. Resta saber se existem desses frutos na safra atual. Ou se os que foram produzidos foram devidamente abafados pelas velhas raposas políticas.


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