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Chuvas de verão e o lixo


postado em 25/12/2018 05:08

A chegada das chuvas de verão nas grandes cidades tende a repetir o mesmo problema todos os anos: o entupimento dos bueiros e consequente alagamento nas áreas de grande concentração urbana. Alguns especialistas atribuem a causa deste episódio ao excesso de áreas pavimentadas ou concretadas e à ausência de superfícies de escoamento. Uma questão que está fortemente associada à presença de inundações é o lançamento de lixo nas ruas. Belo Horizonte, por exemplo, tem sofrido há décadas com inundações e enchentes. Apesar de a cidade estar situada numa região de serras, com fortes aclives e uma facilidade natural para o escoamento de águas pluviais, as inundações são cenas quase que programadas nos jornais ao longo da temporada de chuvas. Boa parte da situação pode ser atribuída ao péssimos hábitos de higiene urbana praticados por parte significativa da população.


Recentemente, para tentar promover um impacto visual, a prefeitura instalou um “lixômetro” na Praça Sete (área mais central da cidade). Em menos de 24 horas, 10 toneladas de lixo foram recolhidas apenas nos quarteirões do entorno da praça. O superintendente de limpeza urbana da cidade afirmou que as garrafas PET, latas e folhetos acabam sendo arrastados e entopem os bueiros, que deixam de cumprir sua função de escoamento, inundando, assim, as ruas. Outra questão é que a educação da população não exclui a necessidade de obras de infraestrutura urbana que possibilitem o escoamento eficiente da água e que reduzam significativamente o problema. A resolução desse problema requer uma mudança de postura individual e um policiamento constante dos indivíduos ao nosso redor.


O grande dilema é que não há campanha ou política de limpeza que possa neutralizar os efeitos negativos da falta de educação. Os principais pontos de Belo Horizonte passam por varredura constante, desde as primeiras horas da madrugada até o início da noit. Mesmo assim, a sensação de sujeira permanece. Sem uma mudança de postura individual e uma cobrança dos indivíduos, uns para com os outros, não há muito o que possa ser feito para resolver o problema do lixo em bueiros.


Mas nem tudo está perdido, há iniciativas individuais que podem trazer soluções aos problemas cotidianos. Um desses recursos é promovido, inclusive, por uma startup mineira. A empresa produz um software que realiza de forma automática a gestão dos rejeitos de empresas de qualquer porte, integrando-os a uma outra plataforma on-line, através da qual o lixo é comercializado e tratado. A iniciativa reduz a quantidade de lixo nas ruas, pois gera incentivos diretos ao tratamento do material dentro das empresas, sejam elas grandes indústrias ou pequenas lojas e lanchonetes.


A ação da empresa chama a atenção para um tema muito interessante, a responsabilidade dos indivíduos sobre a situação da cidade. É necessário que seja difundida uma compreensão de que cada indivíduo e cada empresa são responsáveis pelo bom andamento do convívio urbano, independentemente da postura do poder público. Esperar que os governos resolvam o problema só nos tem  feito adiar a solução de males crônicos nas cidades brasileiras. Uma mudança de postura nos indivíduos e nas empresas é muito mais eficiente e barata, sendo necessário apenas que cada um faça sua parte e incentive (e fiscalize de maneira amigável) o seu próximo.


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