Na democracia, as urnas são soberanas, merecem o respeito de todos, independentemente se a escolha depositada nela foi vitoriosa ou não. No último domingo, as urnas apontaram a vitória de Jair Bolsonaro como o próximo presidente do Brasil. Cerca de 58 milhões de brasileiros o elegeram, mas sabemos que ele se torna o presidente de todos, por isso, esperamos que ele atue como tal.
A missão do futuro presidente não será fácil. Primeiro, deverá, de alguma forma, tentar unir o país, uma tarefa difícil. Vivemos um clima de hostilidade, infelizmente, uma nação dividida. Temos que ter consciência de que essa pacificação depende, também, de cada um de nós. Mas é claro que nossos líderes políticos precisam, do mesmo modo, sinalizar nessa direção. Não podemos confundir oposição com sabotagem e nem situação como omissão e submissão, algo tão comum na política brasileira. Pois, apesar dos pesares, o que está em jogo é o rumo do país, o barco em que todos vivemos.
E agora, Bolsonaro? Precisamos de um presidente que governe o país para o seu povo, que transforme sua riqueza em justiça e dignidade. E isso se reflete na qualidade de vida. Queremos ter escola, mas principalmente educação; queremos ter hospitais, mas principalmente saúde; queremos ter trabalho, mas que nos possibilite viver dignamente; queremos ter comida e bebida, mas precisamos de arte, lazer e cultura; queremos e precisamos de políticas sociais, mas que elas sirvam para libertar o povo e não submetê-lo à ciranda miserável da dependência do Estado; queremos, entre tantas coisas, ter e viver num país que respeite cada um dos seus habitantes, independentemente das suas posições pessoais.
Não queremos um presidente das promessas, chega de falsos “profetas”. Não queremos números maquiados que escondem a realidade; precisamos, urgentemente, transformar nossa realidade com atitudes e ações.
Comandar um país dividido e cheio de tantas mazelas não deve ser uma tarefa fácil, mas todos que se candidataram sabiam disto. E a esperança é justamente que este quadro se altere. E agora, Bolsonaro, é a sua vez. As urnas conferiram a você a esperança por dias melhores. Sua história a partir de 1º de janeiro ganha um novo capítulo. Caberá ao presidente ditar o que será registrado: dias de glória ou mais um capítulo da reinante tragédia brasileira que já dura tantos anos.
O importante é ter em mente que a eleição acabou. Não existe mais o candidato, e sim um presidente eleito que tem data para assumir sua função. Um país continental e com tanta riqueza como o nosso não pode ser tratado com descaso e de forma mesquinha.
Portanto, e agora, Bolsonaro? Esperamos que seja verdadeiramente um capitão, um líder, um estadista, um presidente que consiga realizar as mudanças que a sociedade tanto almeja. O voto de confiança foi dado, faça valer o que as urnas apontaram.