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Emprego desafia o novo governo

Há compreensão de que não será fácil retomar o crescimento econômico sem as reformas estruturais necessárias


postado em 24/10/2018 05:04



Apesar de todo o clima de apreensão no país por causa das eleições, o setor produtivo voltou a dar boas notícias, sobretudo para os trabalhadores. Entre demissões e contratações, houve um saldo positivo de empregos em setembro: 137,3 mil brasileiros conseguiram emprego com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O resultado, além de superar a previsão de especialistas, que apostavam em 90 mil vagas, foi o melhor setembro desde 2013. No acumulado em 12 meses, chegou-se a um total de 459.217 postos. Os setores que mais contrataram no mês passado foram serviços (60.961), indústria de transformação (37.449) e construção civil (12.481). Aos poucos, a economia está saindo do atoleiro. Um sinal alentador.

Às vésperas da definição sobre quem comandará o Brasil a partir de 1º de janeiro, a reação do mercado ainda está longe do desejável. Especialmente quando se olha para o todo do mercado de trabalho. Mesmo com todas as vagas abertas nos últimos meses, o exército de desempregados engloba quase 13 milhões de brasileiros, uma das mais graves sequelas deixadas pelas crises política e econômica que eclodiu em 2014 e empurrou o país para uma profunda recessão. Eis um dos mais importantes desafios daquele que for sufragado presidente da República no domingo próximo.

O vitorioso terá a hercúlea tarefa de desenvolver políticas públicas que recuperem a credibilidade do Brasil e atraiam investidores nacionais e estrangeiros em volume e qualidade capazes de reaquecer o mercado de trabalho. Difícil fazer a roda da economia girar quando potenciais consumidores nem sequer têm condições de garantir o próprio sustento. Hoje, as oportunidades oferecidas são precárias. O próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que, além de 13 milhões de desempregados, há outros 14 milhões que não ganham o suficiente para cobrir todas as despesas – são os subempregados.

A indústria da construção civil, um termômetro do mercado de trabalho, pois atrai a mão de obra menos qualificada, foi a que menos contratou em setembro. Ou seja, o setor segue retraído, uma postura de cautela nesse momento de transição entre o atual governo e o que assumirá em 1º de janeiro de 2019. Confirmada a tendência do eleitorado, mostrada nas pesquisas de opinião, o candidato o PSL, Jair Bolsonaro, deverá ser o futuro ocupante do Palácio do Planalto.

Embora afinado com os ideais liberais, pairam muitas incertezas sobre ele, uma vez que o programa de governo não detalha a futura política econômica que pretende adotar. Bolsonaro adianta que pretende criar a carteira verde-amarela, que reduz os encargos trabalhistas para favorecer o primeiro emprego. Diz também que privatizará estatais, reduzirá o tamanho da máquina pública, reverá o sistema previdenciário e, assim, reduzir o déficit fiscal. O rombo nas contas públicas, que pode chegar a R$ 139 bilhões no ano que vem, impede o Estado de investir em projetos que fomentem a oferta de trabalho.

Há compreensão de que não será fácil retomar o crescimento econômico sem as reformas estruturais necessárias para que o governo ganhe eficiência e enquadre os gastos às receitas. Mas não há milagre. Sem esse controle rígido, o país dificilmente se encontrará com o desenvolvimento necessário para a redução do desemprego e para a melhor distribuição de renda.


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