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Estado de Minas

Líder indígena é baleado no Pará e MPF convoca reunião emergencial


15/05/2023 15:31

O líder indígena Lúcio Tembé foi vítima de um atentado no distrito Quatro Bocas, em Tomé-Açú, interior do Pará, na madrugada de domingo (14/5). Lúcio, que é uma importante liderança na luta pelos direitos indígenas e pela terra na região nordeste do estado, foi atingido no rosto por tiros disparados por dois homens armados. Diante da gravidade do caso, o Ministério Público Federal (MPF) convocou uma reunião emergencial na tarde de segunda-feira (15), em Belém.

O ataque ocorreu quando Lúcio estava retornando à aldeia Turé-Mariquita de carro e o veículo ficou preso na lama. Ao tentar soltá-lo, dois homens em uma motocicleta se aproximaram e efetuaram os disparos. A Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa) informou que o cacique foi levado às pressas para uma Unidade de Terapia Intensiva e seu estado de saúde não foi divulgado.

Diante da situação, o MPF solicitou à Polícia Federal e à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) providências urgentes para esclarecer a tentativa de homicídio. Indígenas relataram à procuradoria que Lúcio estava sendo monitorado pelos criminosos e era ameaçado de morte devido à sua atuação em defesa dos direitos de seu povo.

O conflito envolve a antiga empresa Biopalma, localizada próxima à Terra Indígena Turé Mariquita, e os indígenas Tembé, que reivindicam áreas atualmente ocupadas por plantações de dendê. O MPF ressalta a necessidade da atuação dos órgãos federais, uma vez que o caso envolve direitos coletivos dos povos indígenas.

O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, solicitou à Polícia Federal a instauração de inquérito policial e a adoção de diversas providências, como diligências no local do crime, coleta de imagens e vídeos, entrevistas com moradores e oitivas de vítimas, testemunhas e suspeitos. Ele enfatizou a urgência e prioridade no cumprimento das medidas investigativas devido ao intenso nível de conflituosidade na região e aos riscos concretos à vida e à integridade física dos indígenas.

A Segup também foi acionada pelo MPF para agir com urgência na elucidação do crime cometido contra o cacique Lúcio Tembé.


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