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Estado de Minas VIOLÊNCIA

Brasil registra todo dia ao menos um conflito entre passageiros em voos

Foram 585 ocorrências apenas em 2022, um crescimento de 92% nos últimos quatro anos; 52 deles envolveram agressões físicas, segundo a Abear


10/02/2023 15:42 - atualizado 10/02/2023 18:55

Avião, visto internamente.
A associação defende uma maior regulamentação, que preveja punições duras e regras claras para gerenciamento dos casos. (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Mais de um caso de agressão ou indisciplina por parte de passageiros de avião foram registrados por dia entre 2019 e 2022, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). 

Foram 585 ocorrências só em 2022, o recorde da série histórica, cuja média é de 386 incidentes por ano.

No final do ano passado, um homem foi preso no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, após agredir a esposa em um voo vindo de Lisboa, em Portugal. Ele estava alcoolizado, e foi detido ao desembarcar.

Violência

Segundo a Abear, 52 eventos apenas no ano passado envolveram agressões físicas, leves ou mais violentas. Destes, 36% foram durante o voo, e 64% com o avião no solo.

Em 2019, 304 eventos foram registrados; 222 no ano seguinte, no auge da pandemia do coronavírus, quando a circulação de pessoas foi restringida; e 434 em 2021. Os 585 eventos neste ano representam um aumento de 92% nos últimos quatro anos.

Preocupação

“Esses dados trazem à tona um problema que tem preocupado empresas aéreas, autoridades aeronáuticas e aeroportos em todo o mundo, pois os casos vêm crescendo assustadoramente e geram impactos negativos em toda a cadeia do transporte aéreo. Quando há um caso de passageiro indisciplinado, além do prejuízo aos passageiros daquele voo, há o efeito em toda a malha aérea, com atraso dos voos seguintes, impacto no tráfego aéreo e no gerenciamento de tripulação (pilotos e comissários), só para citar alguns exemplos”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.

A associação defende uma maior regulamentação, que preveja punições duras e regras claras para gerenciamento dos casos. Uma reunião com a Diretora Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil abordou o tema nesta quarta-feira (8/2), com forte sinalização de que novos mecanismos serão criados para evitar o aumento desses eventos.


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