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Estado de Minas

Brasil já registra 941 mortes

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde aponta para um novo recorde da doença no país. Taxa de letalidade sobe de 5% para 5,3% e os diagnósticos de 15.927 para 17.857 pessoas


postado em 10/04/2020 04:00 / atualizado em 09/04/2020 22:36


Os números de contaminação e morte pela COVID-19 não param de crescer e preocupam as autoridades de saúde no Brasil. Até ontem, já foram registradas 941 mortes e 17.857 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus (Sars-Cov-2). Os dados foram divulgados na tarde de ontem pelo Ministério da Saúde. A taxa de letalidade da doença subiu de 5% para 5,3%. O boletim anterior registrava 800 mortes e 15.927 casos confirmados, aumento de 18% e 12%, respectivamente.
 
Os números representam um novo recorde da doença no país. Em um intervalo de um dia, o país registrou mais 141 mortes e 1.930 novos casos. O maior número de ocorrências registradas em 24 horas tinha sido registrado no último boletim, quando foram contabilizadas 133 mortes.
 
São Paulo continua sendo o estado brasileiro com a situação mais crítica, registrando 7.480 casos e 496 mortes. O boletim anterior divulgava 428 mortes e 6.708 casos da doença. A doença foi identificada em 141 cidades paulistas, sendo que, em 55 delas, houve pelo menos uma morte. Os casos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, estão concentrados, em sua maioria (82,2%), em pacientes com 60 anos ou mais.
Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 2.216 casos e 122 mortes. Ainda no Sudeste, Minas Gerais tem 655 pessoas diagnosticadas e 15 óbitos – no boletim anterior, eram 614 e 14, respectivamente.
 
O único estado do país ainda sem registros de mortes pelo coronavírus é o Tocantins. Em dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o estado tem 23 casos confirmados.

SUL DO PAIS A Região Sul, terceira região mais populosa do país, registrou 1.728 casos e 51 mortes. Entre esses números, 12 óbitos e 618 contaminações estão no Rio Grande do Sul – ontem eram nove mortes e 555 casos de pessoas diagnosticadas com a COVID-19.
 
O Paraná registra 22 mortes e tem 609 casos confirmados da doença. Por último, Santa Catarina tem 501 casos e 17 mortes.
 
A Região Centro-Oeste tem 903 pessoas diagnosticadas com a COVID-19 e 24 mortes.  O Mato Grosso do Sul é o estado com menor número de casos: são 89 indivíduos com a doença e apenas duas mortes – o mesmo número de óbitos do Mato Grosso.
O Nordeste continua sendo a segunda região brasileira que mais concentra casos no país. A situação dos nordestinos preocupa, já que a região abriga cerca de 50% das famílias beneficiadas pelo Bolsa Família; ou seja, população pobre.
 
Conforme o Ministério da Saúde, a região concentra 3.242 casos – 417 pessoas diagnosticadas a mais em relação ao último boletim. Por lá, o Ceará segue sendo o estado com mais pessoas contaminadas, registrando 1.425 casos e 55 mortes – ontem, eram 1.291 e 43, respectivamente.
 
A Bahia ainda é segundo estado da região com maior número de casos. Ao todo, são 559 pessoas contaminadas e 19 mortes. O último boletim registrava 497 casos e 15 óbitos.
 
Alagoas é o estado da região com menor número de casos confirmados. São 37 pessoas diagnosticadas e três óbitos.
 
Na Região Norte, o Ministério da Saúde já confirmou 1.192 casos e 47 mortes. A região foi a última a contabilizar casos em todos os estados. Ali, o estado com a situação mais crítica é o Amazonas, com 40 mortes e outros 899 casos. O Tocantins, com 23 casos é o único estado do país que não registra nenhuma morte por COVID-19.

MEGAOPERAÇÃO O Brasil está preparando uma megaoperação que exigirá até 40 voos para transportar 240 milhões de máscaras da China para combater o coronavírus, depois de ter tido várias compras de empresas chinesas frustradas, anunciou o governo ontem. “O Ministério da Infraestrutura (MInfra), encarregado da logística, está fazendo consultas a companhias aéreas nacionais e estrangeiras para viabilizar o frete da carga, que soma 960 toneladas, a partir de Guangzhou.”
 
A carga, que inclui máscaras cirúrgicas e N95 (modelo com filtro que impede a entrada do vírus no sistema respiratório), deve começar a chegar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em cerca de 15 dias, antes do esperado pico da pandemia no país no final do mês.
 
Serão necessários até 40 voos, dependendo do tamanho dos aviões, e espera-se que eles recebam "status de voo de Estado" para que tenham prioridade de pouso e decolagem, informou o ministério.
 
Outra carga de 540 toneladas de testes rápidos, luvas cirúrgicas, óculos e outros suprimentos médicos, que serão transportados em 11 voos cargueiros doados pela mineradora Vale, já começaram na semana passada.
 
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, expressou ontem frustração com a incapacidade do Brasil de fazer pedidos com a China, principal fabricante desses produtos, com a forte demanda dos Estados Unidos e países europeus atingidos pela pandemia.
 
"As compras da China estão, praticamente, todas elas não se confirmando", disse Mandetta, que nesta semana pediu ao embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, para ajudar a tornar as compras das empresas chinesas "mais robustas" e que os suprimentos médicos possam chegar ao país.

Onyx fala em 'cortar cabeça' de Mandetta


O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) discutiram, na manhã de ontem, a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Em conversa divulgada pela CNN Brasil, Onyx diz que não fala com Mandetta há dois meses e que, se estivesse na cadeira do presidente Jair Bolsonaro, teria "cortado a cabeça" dele após a reunião no Palácio do Planalto na segunda-feira.
 
No diálogo, Terra se propõe a ajudar na saída do ministro da Saúde. O deputado, que também é médico, defende a flexibilização do isolamento social e o uso da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19. Por se tornar uma voz contrária a Mandetta e alinhado ao que deseja o presidente, Terra passou a ser cotado para chefia a Saúde.A conversa indica que, apesar dos esforços da ala militar para estabelecer uma trégua entre Bolsonaro e Mandetta, a fritura do ministro da Saúde segue em alta nos bastidores por seus pares e auxiliares do presidente alinhados à ala ideológica. 
 
O presidente Jair Bolsonaro usou da analogia do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para sinalizar que ainda estuda a permanência do auxiliar à frente da pasta, após os atritos que ambos tiveram sobre as orientações para isolamento social. "O médico não abandona o paciente, mas o paciente pode trocar de médico."


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