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Estado de Minas COVID-19

Dono do Madero diz que consequências econômicas serão maiores que mortes por coronavírus

Empresário Junior Durski afirmou que Brasil não pode parar dessa maneira: 'As pessoas têm que produzir'


23/03/2020 22:48 - atualizado 24/03/2020 01:04

Dono do Madero, Junior Durski é grande apoiador do presidente Jair Bolsonaro
Dono do Madero, Junior Durski é grande apoiador do presidente Jair Bolsonaro (foto: Reprodução/Instagram)
O empresário paranaense Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, discordou do regime de confinamento da população brasileira por causa da pandemia de COVID-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus que pode levar a pessoa infectada à morte. Segundo ele, o país sofrerá consequências econômicas muito maiores do que a quantidade de óbitos. O vídeo publicado no Instagram do proprietário da empresa recebeu milhares de curtidas e comentários tanto de críticos quanto de apoiadores (assista abaixo):


“Oi, pessoal, estou passando aqui para dizer que sou totalmente contrário a esse lockdown (bloqueio, em inglês) que estamos tendo no Brasil. O Brasil não pode parar dessa maneira, o Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem essa condição de ficar parado assim”, afirmou.

“As consequências econômicas que teremos no futuro serão muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus. Sei que temos de chorar e vamos chorar por cada uma das pessoas que vão morrer com o coronavírus. Vamos cuidar, vamos isolar os idosos, as pessoas que tenham algum problema de saúde, como diabetes, vamos! É nossa obrigação fazer isso. Mas não podemos, por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer...”, continuou.

Durski relativizou o possível número de vítimas fatais do coronavírus ao mencionar estatísticas de assassinatos e mortes por desnutrição. “Sei que isso é grave, sei que é um problema, mas muito mais grave é o que já acontece no Brasil. Em 2018, morreram mais de 57 mil pessoas assassinadas no Brasil. Mais de 6 mil pessoas por desnutrição… isso anotado na certidão de óbito. Quantas morreram que não foi anotado que eram desnutrição e inanição?”.

Na sequência do vídeo, o empresário alertou para o risco de crescimento do índice de desempregados no Brasil, citando “30, 40 milhões”, e disse que o dano econômico provocará aumento na criminalidade e piora no serviço de saneamento básico. Durski ainda questionou as orientações dos médicos infectologistas e prometeu não demitir nenhum dos oito mil colaboradores vinculados aos 148 restaurantes espalhados em 18 estados no país, à sede administrativa em Curitiba e à fábrica de hambúrgueres em Ponta Grossa, no Paraná.

A minha empresa tem condições, recursos e caixa para passar três, quatro, cinco ou seis meses parada. Não estou preocupado comigo, já disse que manterei o emprego dos nossos empregados. Estou preocupado com o Brasil, com o pequeno empresário, com o vendedor de pipoca, com quem tem um restaurantinho, um barzinho. Estou preocupado com milhões de pessoas que não terão um emprego em 2021”.

Em 2018, Junior Durski vendeu 22,3% de participação no Madero ao fundo norte-americano Carlyle por R$ 700 milhões. Na ocasião, o valor total estimado da empresa girava em torno de R$ 3 bilhões. No Instagram do empresário há várias postagens favoráveis a Jair Bolsonaro, alvo de inúmeras críticas devido à forma como enfrenta o coronavírus no Brasil. O presidente da República já usou as palavras “histeria” e “gripezinha” para se referir à doença.


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