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Estado de Minas

Tiroteio deixa quatro mortos e três feridos no Jacarezinho

A Polícia Militar pediu ajuda para a população denunciar esconderijos de armas e drogas, mas não divulgou o motivo da operação que aconteceu na Zona Norte do Rio de Janeiro


postado em 16/09/2019 15:44 / atualizado em 16/09/2019 17:58

(foto: Reprodução/Twitter)
(foto: Reprodução/Twitter)
Quatro pessoas foram mortas durante uma operação policial na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro. Além disso, três outras pessoas ficaram feridas, entre elas um policial militar, que foi atingido por estilhaços.

Nas redes sociais, moradores relataram o tiroteio na comunidade. A operação do Comando de Operações Especiais teve apoio do Batalhão de Choque e do Batalhão de Ações com Cães. Os feridos foram levados para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Os nomes dos mortos não foram divulgados, porém, a informação é de que um dos feridos passou por cirurgia. Não há informações sobre o estado de saúde dos encaminhados ao hospital.

 

Até 6h45, duas pessoas teriam sido detidas. A Polícia Militar pediu ajuda para a população denunciar esconderijos de armas e drogas, mas não divulgou o motivo da operação. De acordo com os moradores, um veículo blindado encontrou dificuldade de circular por conta das barricadas nas ruas. Os agentes foram obrigados a desembarcar para remover os obstáculos. Um helicóptero blindado também fazia parte da ação


A favela do Jacarezinho tem um dos piores índices de desenvolvimento humano (IDHs), em comparação com os outros 126 bairros monitorados pelo censo de 2000.

Flagra em operações

Um dos policiais do BPChoque (Batalhão de Choque) foi flagrado dando diversos socos na cabeça de um homem detido pela operação. O flagrante da agressão foi feito pelo Globocop durante a exibição do telejornal “Bom Dia Rio”.


Na imagem, o homem que estava detido foi imobilizado e recebeu vários socos na cabeça. Em nota, o comandante do Batalhão de Choque da PM, coronel André Batista, lamentou o que chamou de “atitude indesejada”. “Lamento que todo esforço para o êxito seja posto em xeque pela atitude indesejada de policial", afirmou.

“Não há porque dar cascudo em ninguém na favela. Policial não é pai, nem pode usar força dessa forma”, emendou o comandante. O policial que cometeu o crime está preso à disposição do comandante do Batalhão de Choque.

Mortes por intervenção policial


Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), as mortes em ações policias no mês de julho registram o maior número para um mês desde 1998. Foram 194 casos, aumento de 49% em relação ao ano anterior.

Em relação ao mês de julho, a alta foi de 29%. No acumulado (janeiro a julho), 1.075 pessoas morreram em intervenções policiais. Os números aumentaram em meio à defesa de um discurso de “abate” do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ele defende que as pessoas que portam fuzis devem ser abatidas pela polícia.

Paralização de trens


Devido ao tiroteio, trens chegaram a ter a circulação interrompida na Estação Jacarezinho, do ramal de Belford Roxo da Supervia. A paralisação ocorreu por motivo de segurança dos passageiros e funcionários.

Às 6h45, uma das linhas do ramal voltou a operar após a Supervia verificar que nenhum dos tiros atingiu a área. A outra linha foi reaberta às 7h15.

A concessionária afirmou que desde o começo do ano precisou alterar a circulação de trens por 57 vezes por decorrência aos tiroteios. “Onde dessas ocorrências foram registradas próximas da estação Jacarezinho” informou.


Repercussão nas redes

 

Hoje pela manhã, a palavra "Jacarezinho" entrou nos Trend Topics do Twitter. Inúmeras pessoas estavam discudindo sobre a atuação dos policias nas favelas do Rio de Janeiro. Críticas ao governador e a forma que os polícias estão agindo nas comunidades foram feitas pelos internautas. 





* A estagiária está sob supervisão com a subeditora Ellen Cristie.


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