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Estado de Minas

Número de doadores de órgãos no Brasil cresce 90% nos últimos seis anos

Em 2008, apenas 1.350 brasileiros eram doadores efetivos, contra 2.562 em 2013. Avanço pode ter mudado a vida de quase 30 mil pessoas


postado em 24/09/2014 14:37 / atualizado em 24/09/2014 15:31

O número de doadores de órgãos no Brasil cresceu quase 90% nos últimos seis anos, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2008, apenas 1.350 brasileiros eram doadores efetivos, contra 2.562 em 2013. O avanço pode ter mudado a vida de quase 30 mil pessoas neste período, já que a lista de espera por um órgão diminuiu de 64.774 para 37.736. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, em Brasília, durante evento para comemorar o Dia Nacional da Doação de Órgãos.

Dentre os principais transplantes realizados no país, o de córnea ocupa o primeiro lugar. Só neste ano, foram realizadas 6,6 mil cirurgias, de um total de 11,4 mil transplantes. Em segundo lugar ficaram as cirurgias de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) e em terceiro, de medula óssea (965). Em 2013, o Brasil fechou o ano com 23.457 operações realizadas, 11,5% a mais do que em 2010. O SUS (Sistema Único de Saúde) é responsável por 95% dos procedimentos.

Para impulsionar ainda mais este número, o governo lançou nesta quarta-feira uma campanha para incentivar as famílias a autorizarem a retirada dos órgãos após a confirmação de óbito pela equipe médica. Com a mensagem “Seja doador de órgãos e avise sua família. Sua família é sua voz”, o governo espera sensibilizar famílias e doadores sobre a importância dessa decisão. No Brasil, a taxa de aceitação das famílias para doar é de 55,7%, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Para reforçar a campanha, o governo também desenvolveu um aplicativo que fará interface com o Facebook e notificará familiares no momento em que o usuário da rede social se declarar doador de órgãos. O internauta pode, ainda, adicionar à foto do perfil um laço verde, símbolo mundial da doação de órgãos.

Como ser um doador

Qualquer pessoa que concorde com a doação pode ser doador, desde que o procedimento não prejudique sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão. No caso de doadores falecidos, é preciso constatar a morte encefálica. O MG Transplantes orienta que o principal passo é conversar com a família e deixar claro seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito.

O que pode ser doado

- Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
- Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
- Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
- Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
- Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
- Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
- Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
- Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
- Pele; e
- Valvas Cardíacas


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