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Estado de Minas

Mãe e padrasto são investigados pela morte do garoto Joaquim

Depois de exames confirmarem que o menino de 3 anos morreu antes de ser jogado no Rio Pardo, juiz determina a prisão preventiva da mãe e do padrasto


postado em 11/11/2013 07:32 / atualizado em 11/11/2013 08:12

Joaquim estava desaparecido desde 5 de outubro, polícia acredita que ele tenha sido asfixiado ou envenenado antes de ser jogado em um córrego (foto: Arquivo Pessoal)
Joaquim estava desaparecido desde 5 de outubro, polícia acredita que ele tenha sido asfixiado ou envenenado antes de ser jogado em um córrego (foto: Arquivo Pessoal)

A mãe e o padrasto de Joaquim Ponte Marques, 3 anos, encontrado morto em um rio em Barretos (SP), foram presos no início da noite deste domingo. A prisão de Natália Mingoni Ponte e Guilherme Longo, suspeitos de terem matado o menino, foi decretada por 30 dias por um juiz plantonista de Ribeirão Preto, cidade em que Joaquim desapareceu na última terça-feira. De acordo com as investigações, a criança morreu antes de ser jogada na água. A polícia acredita que ele tenha sido vítima de envenenamento ou agressão.

O corpo de Joaquim foi encontrado pelo dono de uma propriedade rural no início da tarde de ontem a 150km da cidade em que morava. O reconhecimento do cadáver no Instituto Médico Legal (IML) foi feito pela mãe, pelo pai, Arthur Paes, e pelo avô materno do menino. Natália disse que a roupa do garoto encontrado era idêntica à que o filho usava na noite em que desapareceu. Uma das hipóteses é a de que menino tenha sido atirado em córrego que fica a alguns metros da casa da família e deságua no rio.

Segundo o delegado João Osinski Junior, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior, a conclusão de que Joaquim morreu antes de ser jogado no rio é de exames preliminares do IML, que mostraram não haver água nos pulmões da criança. “A principal hipótese da polícia era de que ele teria sido morto e jogado no rio. Essa hipótese se concretizou. Agora, a gente precisa descobrir o que levou à morte dele”, destacou. O delegado pedirá outros exames específicos, que possam ajudar nas investigações.

Após a confirmação da identidade do garoto, policiais mantiveram um cerco preventivo em frente à casa da família de Joaquim, no Bairro Jardim Independência, Zona Norte de Ribeirão Preto. Natália Ponte e o padrasto de Joaquim, Guilherme Longo, tiveram o pedido de prisão temporária negado pela Justiça na semana passada.

O dono de uma propriedade rural em Barretos avisou o Corpo de Bombeiros pelo número 193, depois de avistar uma pessoa boiando sobre as águas do Pardo, por volta das 11h30. Além dos bombeiros, a delegada de plantão da Polícia Civil da cidade, Maria Tereza Vendramel, foi deslocada para o local. Segundo Osinski, a criança encontrada vestia um pijama estampado que batia com o descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento. Ele informou que vai solicitar a realização de exames médicos específicos, como testes de insulina, que poderão ajudar nas investigações. “Vou pedir vários exames, se for confirmado que é o Joaquim. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.

Em Ribeirão Preto, policiais militares fecharam o quarteirão da casa em que vivem Natália e Guilherme, investigados pela polícia. A localização do corpo reforça a convicção anteriormente divulgada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, que após realizar buscas já haviam descartado a possibilidade de encontrar Joaquim com vida. O local onde o corpo foi encontrado, o Rio Pardo, também bate com as suspeitas da polícia, que com a ajuda de um cão farejador evidenciou que Joaquim e o padrasto andaram às margens do Córrego Tanquinho, próximo à casa da família, no Jardim Independência. O córrego desemboca no Rio Pardo.

O menino desapareceu na madrugada de terça-feira, de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no Bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália Ponte afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta das 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino era diabético. Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta da meia-noite.


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