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Estado de Minas

Parentes de manifestantes continuam diante de presídio


postado em 19/10/2013 12:13 / atualizado em 19/10/2013 14:09

Rio de Janeiro, 19 - Parentes e amigos de manifestantes detidos na terça-feira permanecem diante do complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, aguardando a soltura deles, determinada pela Justiça. Ontem de noite, 11 foram libertados. Não há previsão para a liberação esta manhã. Os pais dos ativistas se recusam a dar entrevistas. Afirmam temer ser mal interpretados.

Jivago Novaes, de 36 anos, que estava preso com outras 60 pessoas e foi solto ontem à noite, contou que foi acusado de provocar incêndio e depredar o patrimônio, entre outros crimes. Nega tudo. "Eu estava só sentado na escadaria da Câmara dos Vereadores", justifica.

Ele voltou para casa para trocar de roupa e retornou para a porta do complexo, sem ter dormido. "Não vou sair da rua. Estou fazendo isso pelo futuro do meu filho".

A monitora de direitos humanos Maristela Grynberg, que acompanha os jovens do movimento Ocupa Câmara há dois meses, pediu aos pais presentes que acolham seus filhos. "Nenhum desses meninos fez nada de grave. Eu estava lá. São heróis, merecem todo o amor do mundo. Abriram mão da vida deles para lutar nas ruas."

Ela acredita que nas próximas manifestações a polícia possa atuar movida por vingança contra esse grupo, pelo fato de a Justiça tê-lo soltado, e recomenda uma "mudança de estratégia" que seja consenso pelos ativistas. "Não estou dizendo para não irem mais às manifestações. Mas o Estado está com sangue nos olhos. Precisamos blindá-los", disse Maristela, que é da associação Rede de Defensores Independentes de Direitos Humanos.

Na noite de sexta, fotógrafos que tentavam registrar a libertação de oito pessoas no mesmo local foram agredidos por cerca de 30 parentes e amigos dos libertados. Entre as vítimas estão os repórteres fotográficos Pablo Jacob, do jornal "O Globo", e Carlo Wrede, de "O Dia". Um cinegrafista da TV Brasil e um fotógrafo do site Jornal do Brasil Online também foram alvo dos ativistas, segundo Jacob. Marcos de Sordi, fotógrafo do jornal online "Zona de Conflito Mídia Independente" foi acusado por Jacob de ser um dos agressores. Procurado na manhã deste sábado, Sordi negou a agressão e afirmou ter havido apenas um bate-boca.


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