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Estado de Minas

Bebês são trocados em maternidade e mães descobrem quase dois meses depois

Uma enfermeira da equipe hospitalar escolheu aleatoriamente o nome das mães das crianças


10/10/2013 11:16 - atualizado 10/10/2013 13:41

No dia 16 de agosto, onze mulheres deram à luz na Maternidade São José, em Goiânia-GO. Devido à negligência de uma das enfermeiras do hospital, que nomeou aleatoriamente as crianças, duas dessas mães deixaram o local com os bebês trocados. Eles só foram devolvidos aos pais biológicos nesta quarta-feira, quase dois meses após o parto.

Eucivânia Angélica e Alessandra Fernandez ganharam suas filhas praticamente no mesmo horário, e por isso, dividiram o quarto. Uma das enfermeiras que acompanhava as pacientes, percebeu que as crianças, duas meninas, continham o nome de uma só mãe na pulseira de identificação. Sem imaginar a confusão que poderia causar, ela não pensou em outra alternativa senão nomear, aleatoriamente, uma delas com o nome da outra mãe que estava no quarto. As duas mulheres deixaram a maternidade com a certeza de que levavam para casa as próprias filhas.

Segundo a delegada Renata Vieira, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, o caso só foi descoberto porque o avô de uma das crianças solicitou exame de DNA. Com medo do seu filho não ser pai do bebê, ele obrigou Eucivânia a realizar o teste. Quando o resultado saiu, veio a surpresa. Nem o pai, nem a mãe foram considerados pais biológicos. O teste foi repetido por três vezes e em todas deu negativo. Desesperada, a mãe procurou o hospital, mas não recebeu ajuda. Eucivânia, então, decidiu acionar a polícia.

“Quando nos procurou, na última semana, Eucivânia disse lembrar-se de ter sido chamada por outro nome no hospital”, explica a delegada. Com base no horário do parto, eles chegaram ao nome de Alessandra Fernandez, que realizou exame de DNA – pago pelo hospital -, e só então descobriu não ser mãe do bebê que estava com ela havia dois meses. O encontro entre as duas mulheres aconteceu na tarde de quarta-feira, quando puderam, finalmente, segurar as próprias filhas: Ana Clara e Ana Vitória.

Questionada pela reportagem se este não seria um caso de negligência, a delegada explicou que o hospital pode responder apenas por danos morais e que as famílias de Eucivânia e Alessandra devem instaurar o processo. "Como não houve intenção na troca dos bebês, o ato não pode ser configurado como crime", afirmou.


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