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Estado de Minas

"Ele esqueceu que estava à paisana", diz coronel sobre PM morto por engano

Osmar Catarino Júnior, 35 anos, perdeu a vida ao ser confundido com um bandido durante um assalto a ônibus


postado em 07/06/2013 13:25

Camila Costa
Luiz Calcagno

 

 Pouco mais de dois meses depois da morte de um inocente em uma ação desastrosa da Polícia Militar, outro erro da corporação culminou em tragédia. Se, em 3 de abril, a vítima foi um estudante de 27 anos, pai de família, desta vez, o equívoco terminou com um PM assassinado. No fim da noite de quarta-feira, Osmar Catarino Júnior, 35 anos, perdeu a vida ao ser confundido com um bandido. Cabo da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), ele estava à paisana quando percebeu uma tentativa de assalto a ônibus, na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, e agiu. Segundo o cobrador do coletivo, que preferiu não se identificar, uma equipe da Rotam chegou ao local logo em seguida, não reconheceu o colega e atirou contra Osmar, que estava de costas. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) declarou que nenhuma versão será confirmada até que o inquérito sobre o caso seja concluído, em cerca de 30 dias. O cabo havia encerrado o turno de trabalho naquela tarde, substituído justamente pela equipe que o matou.

 “Ele (Osmar) entrou no ônibus e começou a discutir com o bandido. Foi quando a Rotam chegou e atirou. Levávamos 15 passageiros”, relatou o cobrador. O suposto erro na abordagem policial aconteceu por volta das 23h, na altura da QNL 30. Segundo versão apresentada por policiais militares ao Correio, os homens da Rotam chegaram, pararam o carro e, ao confundirem Osmar com o bandido, ordenaram que ele abaixasse a arma. Teriam atirado porque o pedido não foi atendido. “Na realidade, a investigação é que vai dizer qual é a versão correta dos fatos. Hoje, cada um tem uma versão e não podemos trabalhar assim”, explicou o coronel da PM Zilfrank Antero. Segundo ele, a ação da guarnição foi legítima, dentro dos padrões normais, e tudo foi um grande “mal entendido”. “Ele esqueceu que estava à paisana e os colegas não o reconheceram”, ponderou.


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