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Estado de Minas

Especialistas debatem ideias, projetos e soluções para o transporte público no DF


postado em 29/08/2012 09:58 / atualizado em 29/08/2012 10:01

Via engarrafada no Distrito Federal, sem nem um ônibus sequer: sistema de transporte ainda privilegia o individual(foto: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
Via engarrafada no Distrito Federal, sem nem um ônibus sequer: sistema de transporte ainda privilegia o individual (foto: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

O Distrito Federal já possui uma frota de cerca de 1,3 milhão de carros circulando diariamente nas ruas. Esse fenômeno pode representar crescimento ou desenvolvimento, mas é, antes de tudo, um grande desafio em função dos congestionamentos, da poluição (visual, sonora e atmosférica) e da quantidade relevante de acidentes — e seus custos paralelos na saúde pública, na vida social. O que fazer? Espelhar-se em modelos, como Londres, Paris, Amsterdã? Por coincidência, essas metrópoles apostam em modelos integrados, que unem veículos de superfície com trens e metrôs. Cidades como Curitiba e Bogotá apostaram em ônibus e também se tornaram modelos de eficiência.

Às vésperas de sediar importantes eventos como a Copa das Confederações (2013) e a Copa do Mundo (2014), a capital da República se vê obrigada a apresentar ideias, projetos e soluções para o transporte público de passageiros. E para colaborar nesse processo, os Diários Associados-DF organizam, amanhã, a partir das 8h30, no auditório Hipólito José da Costa, o 1º Seminário Pensar Brasília.

No evento, representantes da academia, das empresas e do Governo do Distrito Federal debaterão as tendências e os desafios que o futuro guarda para a mobilidade na capital. Ônibus modernos, ferrovias, expansão de pistas, VLT, integração tarifária e a criação de novas linhas serão os principais focos de discussão dos especialistas.
O debate contará com a presença do professor da Universidade de Brasília (UnB) Aldo Paviani; do presidente da diretoria-executiva da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha; e do subsecretário de políticas de transportes do DF, Luiz Fernando Messina.

Propostas


Em quatro horas, os especialistas vão apresentar ao público propostas para solucionar o transporte público da capital, além de mostrar cidades que são exemplos na área. Assunto recorrente nas conversas dos brasilienses, a modernização do sistema de transporte é um dos principais pontos defendidos por Luiz Fernando Messina. O representante do GDF apresentará o projeto que visa dar mais agilidade aos ônibus da cidade, com a utilização de veículos maiores — que circularão em corredores exclusivos.

“Vamos reformular o sistemas de transporte coletivo da capital. Nosso modelo promove um deslocamento mais ágil das regiões administrativas até o centro da cidade”, comenta Messina. A preocupação faz sentido, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1,1 milhão de pessoas saem do Entorno do DF em direção ao Plano Piloto diariamente.

Otávio Cunha, representante da NTU, é um defensor da tecnologia do Bus Rapid Transit (BRT). Para o empresário, essa é a melhor solução para a cidade resolver a questão do transporte público. “Temos eventos importantes pela frente (Copa das Confederações e Copa do Mundo) e é preciso apresentar uma solução rápida. Os BRTs têm um custo de implantação baixo e são instalados de maneira muito ágil”, argumenta.

Cunha também aponta a necessidade da utilização de equipamentos modernos no transporte público. Ele entende que a tecnologia pode revolucionar o modo como as pessoas se movem nas cidades. “É preciso apostar em um sistema de inteligência que permita uma troca de informações com a central e também com os usuários, que poderão saber horários, percursos e tarifas com antecedência.”

Professor emérito da UnB, Aldo Paviani apresenta propostas para o transporte público do Distrito Federal baseado em inúmeras pesquisas e estudos. “Se não ampliarem os transportes públicos, toda a área metropolitana de Brasília terá pontos críticos de circulação à semelhança de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e demais grandes cidades brasileiras. Triste sina de uma cidade nascida sob a égide e o fascínio do planejamento urbano”, argumenta o acadêmico.

O acadêmico apresentará ideias para integrar o transporte público do Distrito Federal, com a operação harmônica de ônibus, trens e metrôs. O especialista também é defensor da utilização de transportes de passageiros de linha férrea para ligar Luziânia (GO) a Brasília (DF).

O trajeto é um dos principais responsáveis pelo trânsito na capital. Segundo dados da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), mais de 560 mil pessoas fazem o percurso diariamente.


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